(Foto: Divugação)

O modelo do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia se deteriorou e precisa ser repensado antes mesmo da definição do reajuste do valor da tarifa. A opinião é do prefeito de Trindade, Jânio Darrot, presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), formada por representantes do Estado, da Assembleia Legislativa, da Câmara e da prefeitura de Goiânia, e dos 18 municípios da região.

Em entrevista à Sagres 730 nesta quinta-feira (28), Jânio diz que a CDTC não vai se reunir para aumentar o preço da tarifa antes desta reestruturação. Jânio lidera uma articulação política com a Assembleia e o prefeito Iris Rezende para discutir o atual modelo com o governo do Estado. A CDTC tem a responsabilidade de fazer a gestão do sistema, mas ultimamente ela tem se limitado a uma reunião anual somente para aprovar o reajuste no preço da tarifa de ônibus. O reajuste anual das tarifas está previsto no contrato com as operadoras.

A planilha de reajuste de 2019 já foi elaborada pela CMTC e prevê aumento da tarifa de 4 reais para 4,30 reais. A proposta agora aguarda análise da Agência Goiana de Regulação (AGR) para ser submetida à aprovação da CDTC. “Nós (membros da CDTC) temos duas alternativas: aprovar o reajuste e assumir o desgaste com a população ou não aprovar e enfrentar o problema com as operadoras”, disse o prefeito. Para ele, o melhor é enfrentar a questão de outra forma, revendo o modelo de gestão, que na sua opinião, é o grande problema do transporte coletivo.

“É preciso envolvimento dos prefeitos, a maioria está à margem dessa discussão”, afirma. O projeto de lei encaminhado pelo governador Ronaldo Caiado à Assembleia Legislativa para retirar a AGR da definição da tarifa acendeu a luz vermelha na CDTC. O prefeito acredita que este é o primeiro movimento do governo para deixar de vez a gestão do transporte. Por isso ele pediu ao presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, para segurar o projeto para que haja uma discussão sobre o tema. Jânio Darrot também converso com Iris Rezende, que ficou de procurar o governador Ronaldo Caiado depois do carnaval.

O Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia foi criado em 2004 depois de um acordo entre o então governador Marconi Perillo, o então prefeito de Goiânia, Pedro Wilson, a Assembleia e a Câmara. De acordo com a Constituição, a gestão do transporte é feita pelos municípios nas linhas que começam e terminam em seus territórios e de responsabilidade do Estado nas linhas nascem em um município e terminam em outro. Por isso, foi criado um modelo que reúne as prefeituras, o Estado, e a Assembleia Legislativa. A gestão de políticas para o setor ficou a cargo da CDTC e a operação e fiscalização pela CMTC. É esse modelo que será rediscutido.

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