A Balança Comercial de Goiás registrou saldo positivo de US$ 256,76 milhões no mês de novembro, quando houve um total de US$ 550,37 milhões em exportações e US$ 293,61 milhões em importações. A participação goiana nas vendas brasileiras para outros países foi de 3,14% e, nas compras, foi de 2,13%, segundo o Ministério da Economia.

Apesar do resultado positivo em novembro último, na comparação com o mesmo mês de 2019, quando o saldo foi de US$ 266,84 milhões, houve queda de -3,78%. A retração é resultado das diminuições nas exportações (-7,87%) e importações (-11,16%).

Já no acumulado de janeiro a novembro, o saldo da balança de Goiás é superavitário em US$ 4.541 bilhões, sendo US$ 7.543 bilhões de exportações e US$ 3.002 bilhões de importações.

A Gerente de Inteligência de Mercado da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Juliana Dias Lopes, afirmou que “no acumulado do ano quase 80% dos que Goiás exportou é do Agronegócio”.

Juliana ainda ressaltou que o estado, “tem uma balança comercial com uma participação muito grande o Agronegócio e o que observamos é que além dos produtos que temos grande peso, que é a soja, carne e o milho – começamos a ganhar mercado com outro produtos. Temos trabalhado na diversificação da pauta de exportação”.

De acordo com dados apresentados pelo Ministério da Economia, as exportações do agronegócio goiano somaram 415,15 milhões de dólares, no mês de novembro, representando 75,4% do total de exportações feitas pelo Estado no período, cujo total foi de 550,37 milhões de dólares.

Os principais destaques das exportações goianas, no mês de novembro, foram o complexo carnes e os lácteos. O complexo carnes teve variação positiva de 9,49%, em relação aos valores de novembro de 2019, e chegou a 165,79 milhões de dólares em exportações.

A Seapa, detalha que 132,75 milhões de dólares são referentes à exportação de carne bovina (variação de 11,16%); 28,70 milhões de dólares de carne de frango (variação de 0,87%); e 2,05 milhões de dólares de carne suína (variação de 34,67%). Enquanto os lácteos alcançaram a marca de 198,18 mil dólares, número que representa variação positiva de 313,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

No acumulado do ano, de janeiro a novembro, o agronegócio goiano acumulou a marca de 6 bilhões de dólares em exportações, o que representa 79,6% do total comercializado pelo Estado, de 7,54 bilhões de dólares.

Destaques, em relação ao mesmo período de 2019, para o café (aumento de 387,6% em relação aos valores obtidos no comparativo – 23,83 milhões de dólares), carne suína (115,3% – 15,15 milhões de dólares), açúcares (55,56% – 307,3 milhões de dólares), complexo soja (37,7% – 3,25 bilhões de dólares), e frutas, nozes e castanhas (8,3% – 5,99 milhões de dólares).

Juliana Dias Lopes relata que o agronegócio de Goiás “ainda participa muito pouco de produtos como frutas, café, leite”. Mas que Seapa está “trabalhando para ganhar mais espaço em novos mercados já começou a ver isso nas estatísticas”, frisou.

“Nesse momento do mercado por exemplo, o açúcar está tendo uma demanda internacional, então estamos conseguindo atender esse mercado, crescemos em 85% no valos do açúcar. Aproveitando esse bom momento do mercado internacional, temos trabalhado nesse sentido, de observar os mercados e as demandas internacionais. Para diversificar essa pauta”, explicou Juliana Dias Lopes.

Crescimento na pandemia

Ainda em relação ao período de janeiro a novembro de 2020, o saldo da balança de Goiás apresenta um crescimento de 41,83% em relação ao mesmo período de 2019, sendo que as exportações tiveram crescimento de 15,50% e as importações sofreram queda de -9,81%.

O Ministério da Economia também informou que nesse período, de janeiro a novembro, Goiás teve participação de 3,94% nas exportações brasileiras e de 2,14% nas importações.

Ranking de exportação

No levantamento do Ministério da Economia, Goiás ocupa a 11ª posição no ranking dos estados que mais exportaram no mês de novembro. No período entre janeiro e novembro a situação é melhor e Goiás é o 8º na pauta de exportações. Já nas importações o Estado ficou na 11ª posição em novembro 11º entre janeiro e novembro.

Já entre os municípios goianos que mais exportaram em novembro, Rio Verde segue no topo do ranking, seguido por Mozarlândia, Barro Alto, Palmeiras de Goiás, Itumbiara, Alto Horizonte, Crixás, Goiânia, Ouvidor, Catalão, Luziânia, Ipameri, Itaberaí, Mineiros e Jataí.

No período entre janeiro e novembro de 2020, Rio Verde também é o primeiro colocado entre os municípios exportadores. Jataí, Luziânia, Mozarlândia, Barro Alto, Alto Horizonte, Ouvidor, Palmeiras de Goiás, Itumbiara, Goiânia, Catalão, Crixás, Cristalina, São Simão e Anápolis vem em seguida.

A China segue sendo o principal parceiro comercial de Goiás. No mês de novembro, o país aparece no topo da lista entre os compradores, seguida por Vietnã, Turquia, Espanha, EUA, Japão, Indonésia, Holanda, Canadá, Hong Kong, Emirados Árabes, Coreia do Sul, Taiwan, Reino Unido e Irã.

No período entre janeiro e novembro, a China também está na parte alta do ranking dos compradores, seguida por Espanha, Holanda, Estados Unidos, Tailândia, Coreia do Sul, Japão, Vietnã, Hong Kong, Reino Unido, Taiwan, Indonésia, Alemanha, Canadá e Índia.

Segundo Juliana Dias Lopes apesar da China seguir na liderança como o principal parceiro comercial de Goiás, o estado está começando a ganhar espaço em outros países e, com produtos que não são o mais comercializados (soja, carne e o milho).

“O café, por exemplo, quem compra da gente é a Alemanha, a Itália… Então já conseguimos observar outros países já consumindo os nosso produtos”, finalizou.