Maurício Barbieri define como “lamentável” a briga entre Atlético e Vila Nova e cobra punição exemplar (Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás EC)

O técnico do Goiás, Maurício Barbieri, quer punição aos envolvidos na briga entre Atlético e Vila Nova. No último final de semana, na semifinal do Campeonato Goiano, jogadores, membros da comissão técnica e até da diretoria dos dois clubes se envolveram em confusão generalizada no Estádio Antônio Accioly. Embora alguns integrantes tenham ido à delegacia para depor, nenhuma sanção foi tomada até o momento, situação que tem incomodado o treinador esmeraldino.

“Foi lamentável o que aconteceu. A Federação precisa se manifestar de forma rápida. Não digo isso porque é Vila ou Atlético, mas, sim, porque se passar impune vai abrir precedente para acontecer novamente. Precisa de uma punição exemplar. Vocês (imprensa) têm imagens de quem estava na briga. Tem mais nomes que os relatados na súmula. Eu tive acesso às imagens e vocês também. Isso precisa chegar nas mãos dos responsáveis para que os que participaram possam ser punidos. Isso faz mal ao futebol”, disse o treinador.

Na súmula do árbitro da partida, Wilton Pereira Sampaio, o único envolvido pelo lado do Atlético foi o supervisor de futebol Júnior Mortosa. No boletim de ocorrência da Polícia Militar, o registro também consta os nomes do segurança Marcelão e dos assessores Léo Roque e Paulo Marcos.

As imagens da confusão registraram também a presença de mais jogadores das duas equipes. Insatisfeito com a lentidão do julgamento, Barbieri disse que só haverá justiça se os envolvidos forem punidos antes da partida final.

“Tinha um julgamento durante a semana que não aconteceu por falta de auditores. Não é possível que um julgamento não tenha auditores. O responsável precisa responder por isso. A questão não é o Goiás ser beneficiado. A questão é que tipo de punição exemplar vai acontecer depois que o campeonato acabar? Eu não quero ser beneficiado. Eu acho importante, como profissional do futebol e torcedor, que a punição ocorra e seja exemplar dentro do campeonato. A questão não está comigo. Está com quem toma as medidas cabíveis e legais”, cobrou.

Sobre o julgamento citado por Barbieri que não aconteceu durante a semana, o procurador-geral do Tribunal de Justiça Desportiva, Guilherme Bentzen, disse que um dos auditores passou mal e por isso a audiência foi cancelada. Na ocasião, estava na pauta a confusão no primeiro jogo entre Atlético e Vila Nova, quando membros da diretoria colorada entraram no gramado para protestar contra a arbitragem e um tumulto foi formado.

Sobre um novo julgamento, Bentzen não consegue determinar um prazo, mas garante que deseja isso antes da partida final do Goianão, no dia 21.

“A procuradoria é a principal interessada no julgamento, pois somos nós que denunciamos. Agora depende do Tribunal de Justiça Desportiva e da Secretaria que precisa marcar a pauta para o julgamento. Não tenho como garantir que vai ser julgado antes ou não da final, mas a procuradoria tem interesse que seja o mais rápido possível”, disse o procurador.

Envolvido no caso, o Vila Nova ofereceu uma notícia de infração denunciando membros do Atlético que estavam na briga do Accioly. A procuradoria já recebeu a documentação e pediu a abertura de um inquérito antes de oferecer denúncia ao TJD. Durante a semana, o procurador disse que vai pedir uma punição preventiva aos membros do Atlético.

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