O líder da base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) na Câmara Municipal, Anselmo Pereira (MDB) admite que, nesta semana, houve a consolidação de movimento antecipado pela Coluna de redução no número de vereadores considerados aliados ao Paço na Casa. Nos bastidores, a avaliação na Câmara é de que o aumento dos considerados “independentes” faz a base sair de 30 parlamentares para, no máximo 25. Reunião na última tarde com o secretário de Governo, Jovair Arantes, reuniu 23.
“Acredito que sim e inclusive pode ser que haja uma sedimentação da base com muito mais profundidade”, afirma Anselmo. A intenção no Paço é reduzir a quantidade de aliados e consolidar o apoio em busca de maior fidelidade. A oposição segue restrita a cinco vereadores efetivamente posicionados: Aava Santiago (PSDB), Lucas Kitão (PSD), Lucíula do Recanto (PSD), Kátia Maria (PT) e Paulo Magalhães (UB). No entanto, a base ainda avalia a quantidade de desembarques, como o do presidente, Romário Policarpo (Patriota).
Questionado, Anselmo Pereira nega que a prefeitura já trate Policarpo como vereador de oposição, despois de ele ter afirmado que a atual gestão “detona” e “destrói” a cidade. “De jeito nenhum. Basta ver que o presidente sequer assinou a CEI da Comurg. Eu sei que ele é um reclamante como qualquer pessoa e eu também sou, às vezes quando as coisas não acontecem. Ele tem o livre arbítrio de fazer as reclamações. Se fosse oposição, ele teria assinado a CEI”, avalia o líder.
Rótulos
Em resposta à Coluna, Romário Policarpo confirma a saída da base do prefeito e ausência em qualquer reunião convocada pelo Paço, mas prefere evitar o rótulo de oposição. “Eu sempre achei muito subjetivo o termo oposição e base”, diz.
Ao ataque!
E completa: “As minhas críticas à prefeitura vão continuar no que eu entendo que é necessário. O que eu entender que a prefeitura acerta, vou apontar como assertivo. Mas meu acordo com a prefeitura não se resume a distribuição de espaços na prefeitura. Se dar espaços para mim for a forma de negociação da prefeitura, ela pode me constar como oposição”.
Sem rumo
A retomada de relações, segundo Policarpo, ocorreria caso a gestão “volte para os trilhos”. “Temos uma cidade que está perdida e uma administração que não sabe para onde ela quer ir e, cada dia que passa, é mais mal avaliada pela população”.
Projeto
Romário ainda admite, em resposta à Sagres Em Off, que há influência do processo eleitoral de 2024 e que tudo o que se faz agora repercute na eleição. “Não vou apoiar algo que eu não tenho convicção que é assertivo”.
Pressa!
O pacote de projetos de ação social do governo estadual, entregue em mãos ao presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB), pela primeira-dama Gracinha Caiado já teve encaminhamento para relatório a jato e votação na Comissão de Constituição e Justiça.
Debate
Os projetos foram alvo de pedidos de vistas dos deputados de oposição, que criticaram a falta de transparência no debate. O líder do governo, Wilde Cambão (UB) tentou convencer os colegas a desistirem dos pedidos de vistas, “para não atrasar a votação”.
Nada disso
A solicitação do líder causou ainda mais insatisfação e as vistas foram mantidas a Major Araújo (PL), Delegado Eduardo Prado (PL) e Mauro Rubem (PT).
Seleção
A Prefeitura de Goiânia lançou, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), edital para a contratação de empresa para prestação de coleta de resíduos sólidos da capital. Entre as responsabilidades estão a “coleta seletiva, remoção de entulhos, varrição mecanizada e de serviços operacionais do Aterro Sanitário”.
Recomendação
O edital foi publicado ontem e a licitação ocorre em maio deste ano, por recomendação do Ministério Público Estadual (MPGO), em atendimento ao Marco Legal do Saneamento Básico, em dois lotes, com vigência de 24 meses. O contrato de concessão da Comurg foi feito em caráter emergencial em 2021 e 2022, e renovado em 2023, até a licitação dos serviços.
Estrutura
O primeiro lote trata da varrição mecanizada, novidade na capital, que contará com 24 caminhões, coleta convencional de resíduos sólidos urbanos, coleta seletiva de materiais recicláveis e de bens inservíveis e remoção de entulhos. O custo mensal desse lote é previsto em R$ 21,7 milhões ou R$ 520,9 milhões, ao final dos dois anos do contrato.
Manutenção
O segundo lote é para a gestão do Aterro Sanitário, que inclui serviços operacionais, tratamento ambiental dos resíduos sólidos, trituração dos resíduos de poda e massa verde e seu reaproveitamento como adubo, trituração e britagem de resíduos da construção civil e seu reaproveito em obras da prefeitura.
