A Biblioteca Central (BC) da Universidade Federal de Goiás (UFG) completou 50 anos na quinta-feira (24). Para celebrar o marco, a instituição homenageou servidores ativos e aposentados que estiveram na biblioteca durante esses 50 anos. 

Então, Adriana Ribeiro, diretora do Sistema de Bibliotecas da UFG (Sibi), afirmou que “a biblioteca continua mais necessária do que nunca” e ressaltou a importância  da história da biblioteca. “Nós, bibliotecários, não catalogamos devidamente nosso trabalho e vamos melhorar isso para os próximos anos, para quando tivermos o centenário”, disse.

Daniel Christino é o diretor da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), unidade onde localiza-se o curso de Biblioteconomia. Assim, o professor afirmou que a biblioteca tem um papel relevante na construção do conhecimento da UFG.

“Temos a impressão que a biblioteca gira em torno do livro, mas não lembramos o impacto que o livro causou para a subjetividade humana. A experiência de ler um livro é ter alguém falando na sua cabeça”, contou.“Tudo que lemos e estudamos, em nós floresce”, completou.

Biblioteca da UFG

Prédio da Faculdade de Direito cedido para Biblioteca Central (Foto: Jornal UFG)

A história da Biblioteca Central da UFG começou em 24 de agosto de 1973, na sala da bibliotecária Marietta Telles Machado. Então, no local realizou-se a 11ª reunião do Conselho de Bibliotecas Universitárias (CBU) da universidade, que oficializou a implantação da Biblioteca Central, que homenageou em seu nome o professor Alpheu da Veiga Jardim. 

O início da BC se deu num espaço cedido pela Faculdade de Direito. Antes da implantação de um prédio central, a UFG contava com salas de leituras e espaços com pequenas bibliotecas próprias de cada unidade acadêmica. Com o crescimento da universidade, surgiu a demanda de catalogar os materiais informacionais da instituição.

Então, o acervo das salas de leitura foram transferidos para a Biblioteca Central Professor Alpheu da Veiga Jardim, movimento que anos mais tarde deu origem ao Sistema de Bibliotecas (Sibi) da UFG. O  Sibi UFG é atualmente formado pela Biblioteca Seccional Câmpus Colemar Natal e Silva (BSCAN), Biblioteca Seccional Cepae Professor Geraldo Faria Campos (BSCEPAE) e Biblioteca Seccional de Letras e Linguística, Biblioteca Seccional Câmpus Aparecida de Goiânia (BSCAP).

Além da Biblioteca Seccional Museu Antropológico – Edna Luísa de Melo Taveira (BSMA), da Biblioteca Seccional Câmpus Goiás – Cajuí (BSRGO Cajuí) e da Biblioteca Seccional de Humanidades – Câmpus Samambaia (BSHU). O sistema também uniformizou as bibliotecas das Universidades Federais de Catalão e Jataí.

Homenagem aos servidores

Eliaine Correia Guimarães Lopes, ao centro, na sala de leitura da Escola de Agronomia e Veterinária (Foto: Jornal UFG)

Como parte das celebrações, a UFG homenageou servidores ativos e aposentados que passaram pela biblioteca durante esses 50 anos. Eliaine Correia Guimarães Lopes, servidora aposentada do Sibi da UFG, acompanhou diversas fases da história da biblioteca. 

Bibliotecária Cláudia Oliveira de Moura Bueno (Foto: Jornal UFG)

Entre eles, ela estava presente nas discussões sobre a construção de um novo prédio, o que ocorreu no Câmpus Samambaia 1989, e participou do processo de mudanças para Sistema de Bibliotecas (Sibi).

Cláudia Oliveira de Moura Bueno é Bibliotecária e serviu a instituição como diretora do Sistema de Bibliotecas de 1994 a 2001. Maria Auxiliadora Andrade de Echegaray também trabalhou nas seções da biblioteca e foi diretora da BC entre 1982 e 1989. As servidoras estavam entre as homenageadas na comemoração dos 50 anos da BC. 

A Biblioteca Central da UFG ganhou um novo prédio no Câmpus Samambaia em 1989. Cláudia Moura disse que ficou deslumbrada quando acessou o espaço pela primeira vez. “Tudo era espaçoso, a sala do processamento onde a bibliotecária ficava era enorme”, lembrou. Já Eliaine contou: “quando entrei, ‘gente, que coisa mais linda’. Meu olhar fitou o painel, a entrada, tudo muito bonito”.

Tecnologia

Ao longo desses 34 anos, a Biblioteca Central da UFG está localizada no prédio do Câmpus Samambaia. De lá para os tempos atuais, a principal mudança da BC está ligada ao avanço das novas tecnologias. O movimento segue a história da BC, desde a digitalização interna do próprio serviço até a novidade da leitura em celulares e notebooks.  

Mas apesar dos novos desafios,  Jesiel Freitas Carvalho, vice-reitor da UFG, apontou que a biblioteca da universidade seguirá crescendo. “Como tudo na universidade, a biblioteca é um ambiente em transformação permanente. Sua função vai evoluindo, mas nunca deixará de existir”, contou. 

“É um local de acervo, mas também de difusão de conhecimento. Esses 50 anos são um momento de comemorar o êxito da instituição, mas também refletir e olhar para os desafios que se colocam”, afirmou Carvalho.

Homenagem dos estudantes da UFG pelos 50 anos da BC (Foto: Jornal UFG)

As comemorações dos 50 anos da Biblioteca Central da UFG seguem até dezembro. Confira a agenda de ações aqui.

*Com informações do Jornal UFG

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