Para o novo técnico, Enderson Moreira, o Goiás só voltará a ser um time vitorioso se as vaidades forem deixadas de lado no Clube. Ele também cobrou compreensão da torcida com os jogadores.

Na questão do posicionamento da torcida, vejo razão absoluta nas palavras do treinador. Dando condição ao elenco para que cada jogador entregue nos jogos o máximo da sua competência, o rendimento ainda fica aquém do necessário, se o torcedor provocar o desequilíbrio nos jogadores o rendimento cai ainda mais e as coisas só pioram. Realmente o torcedor precisa ter calma e compreensão para não atrapalhar aquilo que já não está bom.

No caso das vaidades acho que o técnico fez avaliação equivocada. Nem vou dizer que ela não exista: ela está presente na maioria dos clubes de futebol e no Goiás sempre esteve muito ativa. A disputa interna por poder no Verdão é muito severa, mas neste momento esta disputa não tem tido interferência nenhuma na atuação da equipe.

O problema não é este, o problema é aquele que fiz referência ao falar sobre o comportamento do torcedor, a fragilidade técnica do elenco. A luta do treinador não deve ser contra os egos, mas a favor das contratações. O Goiás precisa de pelo menos seis delas: um zagueiro, um ala-esquerdo, dois homens para o meio-campo (segundo volante e meia de armação) e dois atacantes.

Nem preciso dizer que as contratações precisam ter qualidade técnica. Os jogadores precisam chegar, entrar no time e tornar a equipe competitiva. É neste foco que Enderson Moreira precisa voltar seu olhar e tem de ser o mais rápido possível, senão passa da hora.