Sagres em OFF
Rubens Salomão

Bolsonaro admite “problemas” para reeleição e pede união da base de apoiadores

O presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu dificuldades para executar o projeto de busca pela reeleição em outubro e voltou a buscar a polarização com ataques ao PT, partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provável rival na disputa presidencial. Em meio à divisão na base que o apoiou em 2018 e queda na popularidade, Bolsonaro vive momento decisivo de planejamento do ano para tentar alavancar sua candidatura. Entre as decisões cruciais, está a escolha do líder Senado. A escolha pode resultar no avanço de pautas de interesse do Planalto, o que representaria algum sucesso antes das eleições de outubro.

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“A missão está posta, obviamente a gente vai ter problemas numa possível reeleição, mas temos que brigar para que nós não venhamos voltar atrás em função de tudo que já aconteceu no Brasil”, disse Bolsonaro, que atacou a gestão do PT em função dos rombos na Petrobras. Em entrevista à rádio Viva FM, do Espírito Santo, o presidente fez um apelo pela união dos aliados. Com um apoio majoritário da população à vacinação contra a covid, conforme pesquisa Datafolha divulgadas ontem, Bolsonaro afirmou que é preciso convencer o “outro lado”, mas, respeitar a posição de cada um.

“Vamos cada um respeitar a posição do outro, quem é contra ou quem é a favor, seja o que for. Vamos tentar convencer o outro lado e, caso não possamos convencê-los, vamos seguir a nossa vida. Não vamos brigar entre nós. Afinal de contas, o bem maior que nós temos é a liberdade, não podemos perder por ter desavenças entre nós”, disse o presidente.

Foto: Bolsonaro em assinatura para Auxílio Gás e Programa Alimenta Brasil. (Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil)

Base religiosa

Em aceno ao eleitorado evangélico, dividido nas intenções de voto entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente afirmou que agora o Supremo Tribunal Federal (STF) tem um ministro “terrivelmente evangélico” e que as decisões envolvendo pautas ideológicas cairão nas mãos de André Mendonça.

Líder

A função de líder do governo no Senado está sem um titular desde que o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) deixou o posto após perder uma vaga de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) para o colega Antonio Anastasia (PSD-MG), em dezembro.

Nomes

Vários senadores têm o nome cotado para assumir a liderança do governo no Senado. Por exemplo, Marcos Rogério (DEM-RO), Carlos Viana (PSD-MG), Jorginho Mello (PL-SC), Wellington Fagundes (PL-MT), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Elmano Férrer (PP-PI) e Carlos Portinho (PL-RJ).

Foto: Prestação de contas de Iris Rezende à Câmara Municipal em junho de 2020. (Crédito: Alberto Maia)

Gestão

Números do anuário Multi Cidades mostram que, em 2020, último ano de gestão do ex-prefeito Iris Rezende (MDB), Goiânia foi o município da região Centro-Oeste que mais arrecadou tributos pelo Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o oitavo entre as capitais de todo o país. Ao todo, foram arrecadados R$ 720,2 milhões entre janeiro e dezembro daquele ano.

Tendência

Com a alta de até 60% no IPTU deste ano, com mudanças feitas pelo Código Tributário e a reposição de índice inflacionário, a Capital deve se manter na liderança nos próximos rankings do Multi Cidades. O vencimento dos boletos vai até dia 21 de fevereiro.

Estabilidade

Com o alto montante arrecadado em 2020, Goiânia se manteve, inclusive, na frente de capitais como Campo Grande (MS), que arrecadou R$ 505,5 milhões, e Cuiabá (MT), que levantou R$ 210,9 milhões. Apesar do alto valor, Goiânia ficou com o percentual de crescimento de arrecadação considerado estável, em comparação com o ano anterior (2019), com elevação de 1%.

Foto: Presidente da OAB/GO, Rafael Lara, durante posse no cargo. (Crédito: Leo Iran/Divulgação)

Renegociação

Depois do pico de 44% no auge da pandemia, a nova gestão da OAB/GO pretende reduzir o índice de inadimplência para algo em torno dos 20% recomendados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O não pagamento da anuidade neste início de ano está em 33%.

Valores

As dívidas de inadimplência da OAB-GO comam R$ 28 milhões e o novo presidente da entidade, Rafael Lara, promete fazer o maior programa de renegociação de débitos da história. O último programa teve até 90% de desconto para pagamento à vista de débitos sobre juros e multas de exercícios anteriores.

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