O governo brasileiro vai fazer o pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza em reunião do G20, nesta quarta-feira (24). O evento paralelo comandado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva será realizado no Galpão da Cidadania, sede da organização Ação da Cidadania, no Rio de Janeiro. 

Então, o Brasil apresentará os quatro documentos com as diretrizes que orientarão a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. As diretrizes surgiram de reuniões técnicas do G20 em diversas cidades brasileiras do grupo das 20 economias mais ricas do mundo. O lançamento é o carro-chefe da presidência do país no G20, cujos temas centrais são o combate à fome e à pobreza.

Após o pré-lançamento, a aliança será formalizada e poderá ter adesão e propostas de países interessados. Segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, o embaixador Mauricio Lyrio, pelo menos 150 milhões de crianças de até 5 anos passam fome. Além disso, cerca de 730 milhões de pessoas estão em situação de fome ou insegurança alimentar.

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Taxação de super-ricos

O Rio de Janeiro recebe em novembro a reunião da Cúpula do G20, que marcará o fim da presidência do Brasil. Nesta semana, entre os dias 22 e 26, estão ocorrendo as reuniões ministeriais de força-tarefa dos diversos grupos paralelos, como o G20 Social e o encontro de representantes de finanças e presidentes de bancos centrais. Além ainda de todos os 13 grupos de engajamento do fórum: B20, C20, J20, L20, O20, P20, S20, SAI 20, Startup 20, T20, U20, W20 e Y20.

Dentro do grupo de finanças o Brasil celebrou o avanço das discussões acerca da taxação internacional de super-ricos. Porque o tema é uma das prioridades do país, segundo a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, haverá “uma declaração inédita”.

“Todos os termos levantados pela presidência brasileira estão dentro do documento [de cooperação internacional], incluindo tributação de super-ricos. Os pontos estão bem avançados”, disse. “É a primeira vez que haverá uma declaração dessa natureza na área de tributação. Achamos que essa iniciativa merecia uma declaração específica”, acrescentou.

Reunião do G20

O G20 é um fórum que reúne as 20 principais economias do mundo, responsáveis por cerca de 85% da economia mundial, bem como mais de 75% do comércio global. Os países integrantes possuem juntos cerca de dois terços da população do planeta.

O grupo é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, e dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia.

O Brasil é o presidente rotativo para a cúpula deste ano, com as reuniões marcadas para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. Como presidente, então, o país pode convidar outras nações que não estão diretamente no bloco para participar do fórum. O Brasil então convidou Angola, Bolívia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega, Paraguai, Portugal, Singapura e Uruguai. 

Trilhas

Segundo o site brasileiro oficial do fórum, os temas do G20 são divididos em duas trilhas. Assim, a Trilha de Finanças trata de assuntos macroeconômicos estratégicos com os presidentes dos Bancos Centrais dos países-membros.

Enquanto a  Trilha de Sherpas, lado mais político do G20, tem emissários pessoais dos líderes do G20 que formam a agenda da cúpula e coordenam os diversos assuntos políticos. A presidência é rotativa e será da África do Sul em 2025.

*Com Agência Brasil

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 01 – Erradicação da Pobreza, o ODS 02 – Fome Zero, o ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes e ODS 17 – Parcerias em Prol das Metas.

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