O governo brasileiro trabalha num plano de governança global de florestas que poderá financiar a proteção de florestas tropicais em 80 países. A proposta é uma das políticas que o país apresentará na Conferência Climática de Dubai, a COP 28,  em dezembro.

O plano é para que os países possam ter recursos para preservar adequadamente as suas florestas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a política é importante porque “existem muitos países que não têm recursos para combater o desmatamento”.

O projeto do plano foi desenvolvido pelos ministérios do Meio Ambiente, Fazenda e Relações Exteriores. Segundo o projeto, cerca de 80 países seriam beneficiados com o financiamento.

“Esse fundo previsto pela ministra Marina Silva contempla isso: financiamento do mundo rico em relação aos muitos países que têm florestas a preservar, a maior parte dos quais, países pobres”, explicou Haddad.

Articulação dos países florestais

O plano de governança global de florestas é resultado da Cúpula da Amazônia que ocorreu em Belém (PA), em agosto. A ideia foi proposta pelos oito países da Organização do Tratado de Cooperação Econômica (OCTA). Entretanto, a pauta não faz parte das negociações oficiais da COP 28 e, ainda, não se relaciona com a pauta dos créditos de carbono. 

Mesmo assim, a ministra Marina Silva defendeu a pauta. “Ao financiar floresta em pé evita-se lançar CO2, há manutenção do estoque de carbono e de biodiversidade”, disse. O plano será um dos temas da reunião de ministros das Relações Exteriores dos países da OCTA.

“O plano que a ministra Marina Silva apresentou ao presidente Lula para que os países que têm floresta tenham recursos para preservá-las, está, na minha opinião, muito bem desenhado”, argumentou Haddad.

A COP 28 será realizada de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2023 nos Emirados Árabes Unidos.

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