Uma pesquisa conduzida por alunos de Engenharia Civil da Estácio Rio Grande do Sul, focada nos impactos da radiação e efeitos térmicos em painéis solares, foi recentemente reconhecida pela National Aeronautics and Space Administration – a NASA. Este estudo, indexado no banco de dados da agência, recebeu medalhas do programa Artemis em reconhecimento à sua contribuição para a engenharia.

A pesquisa concentrou-se no desenvolvimento de células solares orgânicas flexíveis com uma eficiência notável de 12%. Os resultados destacaram a redução dos efeitos da degradação causada pela exposição solar com a inclusão de uma camada otimizada de polianilina, conhecida como PANI-X1. Isso resultou em uma diminuição de apenas 15% na vida útil dos painéis solares orgânicos flexíveis.

“Temos expectativa de que a tecnologia desenvolvida nesta pesquisa, além de contribuir para o programa espacial, também venha, num futuro próximo, a ser produzida para fins residenciais e comerciais, incentivando assim o uso de energias renováveis pela população no mundo”, explica o professor.

Estudo

O estudo foi conduzido pelos alunos de iniciação científica Rodrigo Krischke e Michele Machado, sob a orientação do professor André Felipe da Silva Guedes. O documento está disponível no Astrophysics Data System (ADS), operado pelo Smithsonian Astrophysical Observatory da NASA.

“Receber a notícia de que o artigo foi indexado à base de dados da NASA me fez ter a certeza de que estou no caminho certo ao estimular a pesquisa em nível de Iniciação Científica. Compartilhar o conhecimento por meio do artigo e receber este reconhecimento de ser referência da NASA, reforça ainda mais a minha responsabilidade de orientador junto às pesquisas que realizo com os estudantes de Engenharia Civil”, comenta o professor.

A relevância desta pesquisa é destacada pela NASA, especialmente devido aos insights fornecidos sobre os efeitos térmicos em painéis solares flexíveis, cruciais para espaçonaves e satélites. Para Michele Machado, esta experiência ressalta as vastas oportunidades de pesquisa dentro do ambiente universitário.

“Não imaginei que a pesquisa pudesse avançar com grandes propostas e hoje é reconhecida internacionalmente. Isso mostra que cada tijolinho bem colocado pode sim contribuir para grandes projetos”, comenta.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 07 – Energia Limpa e Acessível

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