Em entrevista à Sagres, o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcísio Abreu, detalhou que o funcionamento do BRT Norte Sul será iniciado de maneira experimental com dez ônibus operando inicialmente.

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“Nós vamos iniciar com uma operação experimental para poder lançar exatamente o serviço. Temos que fazer essa construção em conjunto com todo andamento do trabalho. Nós temos a questão das obras em andamento, temos a questão da semaforização que está sendo feita para dar prioridade aos ônibus. Então tudo isso tem que andar em paralelo, não adianta um outro entregar serviço se não tivermos tudo integrado”, afirma.

“A expectativa dos dez ônibus é exatamente para iniciar essa operação de forma experimental, para que a gente possa realmente testar. Temos várias alternativa, várias informações que precisamos testar, ver o volume, o tempo entre as linhas e as viagens que serão feitas, tudo isso faz parte do estudo que está sendo elaborado”, conclui.

O gestor relatou que o objetivo é operar com 37 ônibus no futuro. No entanto, a obra será entregue por etapas. “A primeira etapa será realizada nesse ano e depois nós vamos evoluindo de acordo com o andamento. O BRT está dividido em dois trechos, um liga do Terminal do Cruzeiro ao Isidória e outro do Isidória ao Recanto do Bosque. Estamos trabalhando no trecho norte, vindo do Recando do Bosque até o Isidória”.

Sendo assim, as obras do trecho do BRT Norte Sul entre os terminais Recanto do Bosque e Isidória têm conclusão prevista para o mês outubro. A construção do corredor foi iniciada em junho de 2015, ou seja há seis anos. Desde então, reajustes ocorreram e já chegam à casa de aproximadamente R$ 54 milhões.

Tarcísio Abreu explicou que uma comissão está estudando e fazendo o planejamento de como será o funcionamento do BRT.

“Nós temos um grupo de trabalho que reune as pastas que estão envolvidas no projeto, infraestrutura, tecnologia, mobilidade, a própria CMTC e a RedMob Consórcio. Todos nós estamos discutindo o andamento desse BRT e a preparação dessa operação. Nossa missão dentro da CMTC é planejar e preparar essa operação. Nós temos nos reunido, com acompanhamento semanal de todo andamento da obra, de todas as entregas previstas, porque o objetivo é uma integração maior que possa realmente realizar esse trabalho”, destaca.

O presidente da CMTC ainda ressaltou que após seis anos de obras essa discussão só está sendo concretizada agora, devido ao uma questão judicial sobre quem operaria o BRT Norte Sul.

“Em 2018 houve uma discussão jurídica sobre quem operaria o BRT e por conta disso a obra foi evoluindo passo a passo e a questão operacional ficou nessa questão judicial. Existe essa questão que foi trabalhada em um acordo junto com a Procuradoria Geral do Município, a PGM, que coordenou esse trabalho junto com a CMTC e com a empresa que estava questionando. Fizemos isso para destravar essa operação. A partir desse momento começamos o planejamento, porque ainda não estava definido quem iria operar”, frisa.