O estado de São Paulo anunciou que será iniciado em janeiro de 2022 nova campanha de vacinação contra a Covid-19. A intenção é de aplicar uma dose de reforço a cada ano. Os critérios ainda não estão definidos e a intenção foi divulgada pelo Instituto Butantan que tem desenvolvido a Butanvac. Questionado sobre o assunto, o governador Ronaldo Caiado (DEM), destacou que o momento é de se concentrar na aplicação de primeira e segunda doses e que não é correto uma politização do assunto.

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São Paulo é administrado pelo governador João Doria, pré-candidato do PSDB à presidente da República. Ele tem citado o desenvolvimento da vacina como um resultado do governo dele. Durante a pandemia, Caiado reclamou das ações de Doria, em querer iniciar campanha de vacinação, não se preocupando com os demais estados.

Caiado citou que é preciso se basear na ciência para que qualquer decisão sobre o assunto possa ser tomada.

“Eu sou muito pragmático, eu sou cirurgião, primeiro vamos vacinar a população e depois vamos pensar numa segunda etapa, não é verdade? O fundamental agora é primeira dose e segunda dose, se amanhã nós detectarmos o sentimento ou que tenha uma variante a mais que necessita de um reforço, acho que tudo isso tem uma base científica, não é achismo de A ou B, isso não pode ser transformado em palanque político e eleitoral, nós estamos tratando de Saúde da população e quem tem a palavra final são as pessoas qualificadas para tal, são os pesquisadores e cientistas. Eles é que vão balizar o que vai ser feito”, relatou o governador.

Falta de vacinas

Alguns municípios, entre eles Goiânia, têm reclamado de um número menor de vacinas do que teria direito. Ronaldo Caiado argumentou que o Estado tem procurado minimizar os impactos, mas reconhece que o problema pode ocorrer por conta de uma falta de dados mais atualizados do IBGE.

“A distribuição de vacinas é feita de uma forma equitativa e os estados recebem na mesma proporcionalidade e como tal nós temos uma distribuição a todos os municípios, como nós temos as vezes o parâmetro do IBGE que está defasado e há alguns municípios que tem não tem o número de comorbidades que era previsto e deslocaram para as grandes cidades e alguns locais há um avanço maior no número de vacinas em detrimento de outros, mas a Suvisa está balizando e calibrando a distribuição”, disse Caiado.