(Foto: Divulgação / Governo de Goiás)

Ao repetir que a solução dos problemas financeiros de Goiás se dará pela adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o governador Ronaldo Caiado (DEM) se mostrou incomodado com a lentidão no processo de adesão junto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O único ponto que ainda travaria a entrada, de acordo com a Lei 159/2017, seria a não privatização da Saneago, mas o governador aponta que “isso não é impeditivo para a aprovação do nosso plano”, já que decisão liminar do STF autoriza o ingresso.

Além disso, Caiado entende não haver mais possibilidade de aumentar o prazo de suspensão das dívidas federais, que vai até 6 de abril, e que, por isso é que cobra celeridade para adesão ao RRF. “O último acordo na liminar dada pelo Supremo, realmente diz a nós que a disposição deles não é mais de prorrogar, por isso que eu cobro diariamente da minha secretária”, disse. “Precisamos de celeridade, não podemos brincar, porque se amanhã nós perdermos essa condição, como o Estado vai cumprir com seus compromissos?”, questionou.

Apesar de o governador negar que a manutenção da Saneago impeça agora a adesão, a bancada federal goiana busca aprovar flexibilização da exigência de privatizações no RRF por meio do projeto do Plano Mansueto. Os trabalhos na Câmara federal foram retomados ontem e os deputados goianos buscam formas de colocar o Plano de Equilíbrio Fiscal entre as prioridades da Casa neste início de ano.

Líder da bancada goiana, Flávia Morais (PDT), considera que a emenda no PEF para flexibilizar as privatizações do RRF poderá ser apresentada pelos deputados José Nelto (líder do Podemos) ou Vitor Hugo (líder do governo). “A bancada vai atuar firme e forte para defender os interesses de Goiás”, afirmou.

*Reportagem de Rubens Salomão