Foto: Montagem Sagres On

O presidente da Goinfra, Pedro Sales, respondeu às declarações do deputado estadual Talles Barreto (PSDB), feitos nesta terça-feira (4). O paralamentar, que faz oposição ao governo de Ronaldo Caiado (DEM) na Assembleia Legislativa, rebateu as críticas de Sales, em entrevista ao Manhã Sagres, na Sagres 730, no dia 31 de janeiro, onde questionava a qualidade da política de construção de novas rodovias e da manutenção das existentes.

Pedro Sales, por meio de nota, acusou que as declarações do deputado são baseadas na afirmação de que “a dificuldade no trabalho de recuperação das rodovias estaduais está no aumento do número de rodovias pavimentadas nas gestões anteriores”.

Sobre a declaração do deputado quanto  a irresponsabilidade do atual governo em não conseguir manter a malha, deixando que os investimentos se percam, Sales respondeu. “Não duvidemos da inteligência das pessoas. Uma malha rodoviária não derrete em um ano. Muitas vezes é construção de mais de uma década. Recebo diariamente prefeitos e lideranças políticas clamando por socorro diante de situações de abandono que datam de meados dos anos 90.”

Pedro Salles rebateu alguns outros ataques, onde Talles Barreto diz que as declarações de Salles eram “absurdas e ridículas e revelam a incompetência do Estado também na infraestrutura”. Assim como a colocação de que “o governo atual não consegue manter em bom estado as rodovias pavimentadas”.

Não intimidado com as declarações do deputado Talles Barreto, o presidente da Goinfra ressaltou o que já havia dito. “Sustentei ter ocorrido em Goiás uma gestão eleitoreira da malha, que sempre optou pela expansão em detrimento da manutenção. E o motivo é um só: o voto.”

Ao final de seu texto Pedro Sales escreve ainda, “Estou pronto para ser convocado a comparecer à Assembleia Legislativa quando o senhor quiser para falarmos destes e outros assuntos.”

Confira a entrevista de Pedro Sales ao Manhã Sagres

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Confira a íntegra da nota de Pedro Sales

Segundo palavras do deputado Talles Barreto “A declaração do presidente da Goinfra, Pedro Sales, de que os governos do PSDB promoveram a ‘expansão irresponsável´ da malha rodoviária pavimentada do Estado é absurda e ridícula e revela a incompetência do Estado também na infraestrutura”.

Em resposta ao Ilustre deputado, vejo que toda a declaração dele é baseada na afirmação de que eu teria dito que a dificuldade no trabalho de recuperação das rodovias estaduais está no aumento do número de rodovias pavimentadas nas gestões anteriores.

A construção dessa ilação é de uma covardia ímpar. Covardia no sentido de criar uma narrativa em cima de uma mentira descarada. Na frente dos comunicadores Rubens Salomão e Cileide Alves, durante um programa na Rádio Sagres, sustentei ter ocorrido em Goiás uma gestão eleitoreira da malha, que sempre optou pela expansão em detrimento da manutenção. E o motivo é um só: o voto. Tenho como expansão irresponsável a situação em que alguém opta por ampliar a malha financiado-se justamente dos recursos que são necessários para mantê-la e conservá-la. Expansão custeada pelo abandono da conservação. A íntegra da entrevista está no site da rádio sagres e fala por si.

Não duvidemos da inteligência das pessoas. Uma malha rodoviária não derrete em um ano. Muitas vezes é construção de mais de uma década. Recebo diariamente prefeitos e lideranças políticas clamando por socorro diante de situações de abandono que datam de meados dos anos 90. Deputado, a sua verborragia vazia é conhecida e não tem ressonância na realidade. Se o governo que o senhor pertenceu não tivesse sacrificado a manutenção para investir de forma açodada em expansão, a situação do Estado seria outra. Veja as rodovias sem condições de trafegabilidade, como no caso da GO-184 entre Itumirim e Aporé no Sudoeste Goiano. Veja os bueiros da GO-060, justamente estes que estão estourando por agora, os quais já estão com mais do que o dobro do tempo de vida útil empregada. O Estado conta com mais de cem pontes deterioradas. Esse quadro não se constrói em um ano. O senhor mente. E por ter sido protagonista de um programa que vendeu ilusão e entregou esqueletos – isso quando chegou a entregar algo – sob a promessa de fomentar obras públicas, não está moralmente credenciado para um debate público sobre gestão pública.

Alguns dados da sua nota não correspondem à verdade. O senhor subtraiu 1.546 km de malha pavimentada para dar crédito ao ex-governador e acrescentou 4.640 Km de malha não pavimentada para colorir seus discursos. Esqueceu-se de dizer que o seu governo é campeão no TCE quando o assunto diz respeito a glosas, multas, editais invalidados e prejuízo ao erário. O que dizer de obras como o aeroporto de Anápolis que está com uma rachadura na cabeceira da pista sem poder ser inaugurado? a calamidade ocorrida com as praças de pesagem, a duplicação de Morrinhos até Caldas Novas, duplicações inconclusas da GO-080 de Nerópolis até BR-153 e GO-070 de Inhumas à Cidade de Goiás. Esta última com sérios passivos ambientais. O que dizer das 30 obras de pavimentação paralisadas antes mesmo do início da atual gestão?

O que falar para a sociedade dos mais de dois milhões de reais pagos em serviços medidos e não executados no aeroporto de Mambaí. O que dizer das quebras rotineiras de ordem cronológica nos pagamentos, gerando escolhas aleatórias de quem recebia e quem não recebia pelos serviços prestados. Onde estão as justificativas para elas? Procuro aqui e não acho. E nós sabemos o motivo de não encontrar. Como explicar os contratos de sinalização com grosseiras falhas na licitação e os demais contratos com sobrepreço já reconhecido pela CGE? Estou pronto para ser convocado a comparecer à Assembleia Legislativa quando o senhor quiser para falarmos destes e outros assuntos. Eu sou um apaixonado pelo debate público e tenho no meu passado e na minha conduta presente a segurança que preciso para entrar e sair pela porta da frente por onde passo.

Retomando a verdade dos fatos, o que se deve extrair da entrevista é que a atual situação em que a malha se encontra impõe que o zelo, a conservação e a restauração sejam o foco da gestão. Darei ênfase na plena recuperação da malha estabelecida e, com ela sob controle, simultaneamente, faremos a expansão nos pontos devidos.

Preservar o Patrimônio Público é uma obrigação do Estado e assim faremos em todos os dias da nossa gestão, mas sempre com responsabilidade e respeito aos nossos usuários e contribuintes goianos.

Pedro Henrique Ramos Sales
Presidente da GOINFRA