Os governadores de Minas Gerais, São Paulo e Goiás, principais pré-candidatos à presidência da República em 2026 e se encontraram, neste fim de semana. Romeu Zema (Novo), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ronaldo Caiado (União Brasil), respectivamente, despontam como possíveis protagonistas na disputa pelo campo da oposição. E retomaram símbolos do discurso bolsonarista, derrotado por Lula (PT) em 2022, durante a abertura da 88ª Expozebu, em Uberaba.
Caiado foi o mais direto na tentativa de cooptar o apoio de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Em Goiás, eu deixei claro para as minhas forças de segurança: todos os meses no estado são verde e amarelo e não tem mês vermelho no meu estado. E não aceito invasão de propriedade rural. O combate deve ser firme a qualquer criminalidade”, discursou o goiano. Caiado ainda fez questão de lembrar da atuação pelo setor rural, que o levou a disputar a presidência em 1989.
“Essa casa aqui foi referência na luta que iniciamos em 1986 para garantir o direito proprietário na Constituição. Nós ganhamos a regra constitucional dentro do campo da democracia. É um direito inalienável”. Caiado ainda destacou avanços de Goiás na segurança rural. “Implantei a patrulha no campo que tem capacidade de resposta em menos de 48 horas, combate firme a qualquer criminalidade. É assim que se governa”, citou, em discursou de 12 minutos.
Oposição
Já Tarcísio afirmou que não se pode aceitar a narrativa de que o agro não é sustentável e disse que é intransigente “com à violação ao direito de propriedade”. “Não vamos transigir. Nós seremos duros para garantir o direito de propriedade. E aqueles que tentaram transigir no Estado de São Paulo estão presos nesse momento. E quem tentar vai ter o mesmo destino, a cadeia”, disse o governador de oposição.
Mineiro
Autor do discurso final da abertura da exposição no Triângulo Mineiro, o governador de Minas Gerais disse que há invasões de terra no estado, mas que são desfeitas rapidamente. “Entram uma ou duas pessoas e já são retiradas imediatamente”.
Atenção
Porque o problema é quando você tem dezenas, centenas de pessoas. Então a nossa Polícia Militar está atenta e o homem do campo aqui vai ficar aplicando seu tempo para produzir e não para vigiar a propriedade”, disse Zema.
Contexto
As declarações ocorrem em contexto de crescentes críticas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em virtude de ações pelo país nas últimas semanas. No Congresso, a Câmara decidiu instaurar uma CPI para investigar o movimento, que é aliado do presidente Lula.
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