Ruas de pedra, artesanato, empadão e casas que parecem ter saído de uma obra de arte. Se você pensou na Cidade de Goiás, que nesta semana completou 289 anos, acertou! A primeira capital do estado encanta turistas e apaixona pela arquitetura característica e suas tradições. Essa foi uma das razões para que a Unesco concedesse ao município o título de Patrimônio Histórico e Cultural Mundial.

Referência cultural do estado, a cidade tem uma aura diferente. A microempresária Maria Preta Conceição, mora em Goiás há 16 anos e conta que foi amor à primeira vista.

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Saudosa, Maria Preta relembra momentos importantes e marcantes na tradicional praça do Coreto.

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Essa rua que passa pelo coreto, entre o Museu da Boa morte e a Igreja do Rosário, para quem visita parece apenas uma, mas na verdade são três: A Rua Dom Cândido, que é a da igreja; a Rua Moretti Foggia, que é a que passa pela praça do Coreto; e a Rua Senador Caiado, que começa no Museu. Todas elas mantém o calçamento original da fundação da cidade.

O geógrafo e especialista em história de Goiás, Rafael Caíque explica como as vias de pedra foram construídas.

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Em Goiás, há vários locais que merecem ser visitados, como o Museu das Bandeiras, que funciona hoje na antiga Casa de Câmara e Cadeia, a Casa de Cora Coralina e o Museu de Arte Sacra da Igreja da Boa Morte. E claro, vale a pena experimentar a culinária da cidade que oferece aos seus visitantes o famoso Empadão.

O quadro Se Essa Rua Fosse Minha deixa para os leitores o trecho de um poema de Cora Coralina:

“Eu sou a dureza desses morros,

revestidos,

enflorados,

lascados a machado,

lanhados, lacerados.

Queimados pelo fogo.

Pastados.

Calcinados e renascidos.

Minha vida,

meus sentidos,

minha estética,

todas as virações

de minha sensibilidade de mulher,

têm, aqui, suas raízes.”

Da repórter Jordanna Ágatha