A quinta-feira (3) foi embalada por música no programa Tom Maior do Sistema Sagres, com um convidado especial que trouxe charme, voz suave e histórias marcantes: Romah, cantor e compositor goianiense, que está despontando na cena da nova MPB contemporânea.
Entre conversa e apresentação musical, Romah falou sobre sua trajetória, inspirações e processo criativo. Sendo assim, ele logo compartilhou que sua relação com a música começou cedo, ainda na infância.
“Acho que quase todo artista tem uma veia artística que começa dentro da igreja”, contou. Foi nesse ambiente que ele começou a tocar teclado, desenvolvendo sua musicalidade.
Posteriormente, participou de bandas escolares e, ao se mudar para Goiânia, mergulhou de vez no universo musical. “Entrei na escola de música, fiz Canto Popular no Gustavo Reiter e Canto Lírico no Basileu França.”
Formação eclética
Além disso, essa formação eclética marca seu estilo vocal: “Minha voz tem uma mistura dos dois. O canto popular me permite brincar mais, usar firulas, enquanto o lírico exige mais rigor, seguir à risca a partitura.”
Durante a entrevista, Romah apresentou “Olhos Negros”, uma composição autoral feita em parceria com Renato Voraes. A canção, ainda inédita nas plataformas, arrancou elogios ao vivo. “Demorou uns dois anos pra ela ser o que é hoje”, revelou. “Quando a gente for gravar, vai mudar ainda um pouco mais. Mas hoje ela já está mais completa.”
Sobre o processo de composição, Romah contou que começou a escrever músicas com mais dedicação apenas em 2023. “Normalmente chega para mim a melodia primeiro. Depois vem uma frase e com base nisso a gente começa a escrever um texto e vai tentando encaixar na melodia.”
Além disso, da MPB, Romah também incorpora influências do R&B. “Eu busco trazer uma questão muito da negritude pro meu som. O R&B também é algo que eu gosto muito, traz sensualidade. Mas gosto de deixar sempre com um toque mais brasileiro.”
Inspiração
Entre suas referências, Romah cita gigantes da música brasileira: “Lineker é uma das principais, amo o jeito que ela canta. Também gosto muito de Djavan, Caetano Veloso e Gil. Entre os mais atuais, o JP e o Yveson são nomes que eu escuto bastante.”
Ao refletir sobre o momento atual da música brasileira, o artista destacou a importância de valorizar a MPB e suas novas formas. “Não existe só uma MPB. Eu me vejo dentro dessa MPB mais contemporânea, que já inclui artistas como a Lineker e o JP. A música é diversa, as formas de fazer música também.”
“A música é aquilo que me move. Eu sou publicitário, atuo com isso, mas o que eu amo mesmo é cantar”, finalizou Romah.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade
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