Nome forte para presidir o Conselho Deliberativo do Vila Nova, o nome do ex-presidente Carlos Alberto Barros foi citado após a reunião ordinária do Conselho, realizada na noite da última segunda-feira (05) no Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA). Em entrevista exclusiva ao repórter Vinícius Tondolo, da Rádio 730, Barros falou sobre a chapa que tem seu nome, das condições impostas por ele para entrar nesse cargo, da existência do Conselho junto com o executivo e sobre as portas abertas para novos nomes na diretoria do clube.

“Quando saí do Vila, saí com o intuito de não assumir mais nenhum cargo. A gente sentiu muita animosidade entre alguns conselheiros e na semana passada houve uma reunião em que eu participei e eles (José Eduardo, Niltinho, Leonardo Rizzo) me pressionaram a assumir o Vila, a presidência do Conselho. Falei para eles que eu não queria mais, mas assumi na seguinte condição de que não haja disputa. Se houver disputa, eu estarei fora. Sinto que esse grupo tem o interesse de ajudar o Vila e tem ajudado, mas esse grupo só entra se tiver unidade, tiver o controle do clube. A outra condição é a de que o Zé Eduardo fosse o vice-presidente, porque eu tenho outras atividades e o dia que eu não puder ir em reunião, o Zé Eduardo assume meu lugar.”

Fugindo de desgaste dentro do clube, Barros acrescenta que o Conselho Deliberativo e o Executivo precisam estar em consenso e em harmonia. “Se por acaso eu assumir o Conselho, eu não quero ter um papel como o Paulo Diniz teve, que teve que ficar vigiando o Executivo para não fazerem bobagem e o desgaste foi tudo em cima dele. E eu não quero ter isso, quero ter harmonia no processo todo. Se for para ter desgaste eu estou fora, não estou mais afim de me desgastar com mais nada. Minha ideia é montar um Conselho que tenha afinidade com o executivo. Não que não possa vir pessoas novas para o executivo, mas que se vier, que tenha unidade. Parece-me que irão convocar a eleição para o dia 9 de Dezembro, tanto do Conselho, como para o executivo.”

Perguntado se é o momento de incluir novos nomes e novas ideias no dia-a-dia do clube, Barros foi enfático e deixou claro que as portas estão abertas para novas ideias, mas que não são significado de sucesso. “Não estamos barrando ninguém. Tivemos pessoas novas que não deram certo. Não quer dizer que por ser novo vai dar certo. O cargo de presidente do Vila é muito elevado, um jovem que não tem estrutura boa, quando assume um cargo desse, se deslumbra e às vezes, cai num processo que é ruim para o clube. Então, a pessoa tem que ter estatura para o cargo. Queremos uma pessoa alinhada com o grupo que está ai dando suporte de credibilidade, financeiro, para que não tenhamos surpresas. E isso não impede de continuar o atual presidente”.

Os nomes para assumir o cargo de Presidente Executivo ainda são uma incógnita. Para Barros, antes de ter esses nomes é preciso analisar a pessoa, formação, para que não cometa erros no ano que vem. “Não tenho ideia e nem candidato de quem poderia ser. Temos que analisar a pessoa, a formação dela, a gente não pode ficar errando não, embora o conselho possa exonerar a diretoria a qualquer momento, como já aconteceu em outros anos. Mas isso é ruim para o Vila. Se eu assumir o cargo de presidente do conselho vai ser para ter uma harmonia na diretoria para a gente ser feliz na Série B.”