Uma medida restritiva de acesso foi anunciada pelas Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa-GO). A decisão ocorreu após a confirmação de contaminação por coronavírus de 29 funcionários do local.
Em entrevista ao repórter Rafael Bessa, da Sagres, o novo presidente das Centrais de Abastecimento de Goiás, Rogério Martins, explicou que na próxima quarta-feira (10) a Ceasa deve divulgar um documento de ação emergencial anunciando as medidas que devem ser tomadas pelo local e um anexo com o exame dos funcionários do Ceasa.
Rogério destaca que as empresas terão que apresentar um exame negativo para covid-19 dos colaboradores para continuar o funcionamento. Segundo ele essa medida deve acalmar os clientes e passar mais confiança aos frequentadores da Ceasa.
O presidente da Ceasa ressaltou que a presença do vírus dentro do complexo seria inevitável, mas que ações devem ser colocadas em prática para evitar a disseminação. “A presença do vírus dentro do mercado a gente não tinha como impedir. O que estamos fazendo agora é evitar a disseminação dentro da Ceasa”, defende.
Uma das ações de prevenção será a redução do fluxo de pessoas e a identificação de possíveis pessoas contaminadas, conforme Rogério afirmou. Ele conta que para ajudar neste processo seis profissionais da saúde, entre enfermeiros e técnicos em enfermagem, foram contratados para aferirem a temperatura dos frequentadores do complexo.
As portas do Ceasa também devem se fechar as quartas-feiras e aos sábados como mais um procedimento de contenção da disseminação do coronavírus. “Uma das medidas que adotamos foi fechar as quartas-feiras e sábados para um procedimento de desinfecção das instalações da Ceasa”, conta.
Rogério alerta que embora essas medidas estejam sendo aplicadas a administração da Ceasa ainda conta com o apoio dos trabalhadores e empresários que atuam no local para evitar a disseminação do vírus no complexo.
“As vezes a Ceasa não tem como identificar, na totalidade, uma particularidade de convívio de cada usuário. Então, é uma questão de responsabilidade partilhada em relação ao senso comum de viver em uma comunidade como a Ceasa. Um público diário de 10 a 15 mil pessoas é uma comunidade bastante significativa e importante dentro do estado”, destaca Rogério.
*Com reportagem de Rafael Bessa