Sagres em OFF
Rubens Salomão

Chegada de Meirelles pode alçar Vanderlan Cardoso à presidência do PSD em Goiás

A volta de Henrique Meirelles ao PSD de Goiás e a defesa dele por proximidade com a base do governador Ronaldo Caiado (DEM) fortaleceram o grupo governista do partido, liderado pelo senador Vanderlan Cardoso, que defende a aliança palaciana para a formação de chapas fortes para a disputa de vagas na Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

Lideranças como o deputado federal Francisco Júnior e a vereadora Sabrina Garcêz, nos bastidores, entendem que a presença na base e a força do governo podem atrair pré-candidatos, principalmente no interior do estado, e o movimento já considera articular, junto ao presidente nacional do PSD, a troca no comando do partido em Goiás, com a saída de Vilmar Rocha e ascensão de Vanderlan ao posto.

A possibilidade, no entanto, esbarra na postura do próprio Vilmar de que, apesar de defender a independência e chapa majoritária própria em 2022, sempre aponta que a decisão será tomada apenas no próximo ano e pela maioria dos filiados. O reforço interno de Henrique Meirelles à ideia de aderir de vez ao grupo caiadista ocorre como consequência da aliança formada em Goiânia na eleição de 20202.

“Sim. Houve uma aliança entre o senador Vanderlan Cardoso e o governador Caiado na eleição para prefeito de Goiânia. Então, há um indicativo”, afirmou Meirelles, em entrevista à Sagres.

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Proposta de CPI

O deputado estadual delegado Humberto Teófilo (PSL) agora corre atrás de apoio de parlamentares da base governista na Assembleia Legislativa para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), batizada de “CPI das interferências”. A intenção é apurar ações do governador Ronaldo Caiado e do secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, em operações da Polícia Civil em órgãos do governo.

Dificuldade

O deputado começou ontem a coletar as assinaturas e conseguiu o apoio de 10 colegas de oposição. O desafio agora é conseguir o autógrafo de quatro deputados considerados independentes, mas que têm relações próximas com o Palácio das Esmeraldas, para chegar ao número mínimo de 14, com o qual a Mesa Diretora fica obrigada a instalar a CPI.

Justificativa

Teófilo defende que a Comissão é necessária para “investigar essas interferências do governador nas operações desencadeadas pela Polícia Civil em órgãos públicos, como aconteceu no Detran, Codego e na secretaria de Educação”. Para ele, a saída do delegado Rômulo Figueiredo da Delegacia de Combate à Corrupção e do delegado Odair Soares do comando da Polícia Civil demonstram interferências e perseguições.

Outro lado

Líder do governo na Casa, Bruno Peixoto (MDB) rebate e afirma que Humberto Teófilo presta um desserviço com a tentativa de criar a CPI. Para o líder, não há qualquer interferência política na SSP e o governador tem autonomia para trocar quem bem entender no momento que ele achar necessário e benéfico para a sociedade.

Plano diretor

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), criou um grupo de trabalho para retomar a discussão sobre a revisão do Plano Diretor. O grupo conta com seis vereadores, quatro deles indicados pela Câmara: Bruno Diniz (PRTB), Cabo Senna (Patriota), Sabrina Garcêz (PSD) e Santana Gomes (PRTB). Os outros dois: Anselmo Pereira e Clécio Alves (ambos do MDB), foram indicados pelo setor imobiliário.

Em processo

Rogério Cruz afirmou à Sagres que não considera ter uma base consolidada na Câmara Municipal. Segundo ele, este é um processo contínuo, que será intensificado com o decorrer dos trabalhos na Casa. Segundo ele, o Paço conta hoje com pelo menos 20, dos 35 vereadores.

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