A onda de calor que atinge o Brasil em 2023 não para de quebrar recordes. No último domingo (19), o município mineiro de Araçuaí, a 600 km de Belo Horizonte, registro a maior temperatura da história das medições no País. A informação é do Instituto Nacional de Meteorologia, o Inmet.
“Nesta onda de calor, a maior temperatura registrada pelas estações meteorológicas do #INMET foi de 44,8°C ocorrida na tarde desse domingo (19), em Araçuaí (MG)”, diz a postagem do instituto no Instagram.
O número de Araçuaí, no nordeste mineiro, é 0,1°C acima do recorde anterior, que pertencia a Bom Jesus, no Piauí. Em 2005, a cidade registrou a máxima de 44,7°C. Segundo o Inmet, o Brasil registrou oito ondas de calor em 2023. Neste perído a ‘menor máxima’ pertence a Quaraí, no interior do Rio Grande do Sul, com 39,5°C em março.
Em Goiânia, o Inmet registrou uma temperatura máxima de 39,7°C no último dia 16 de novembro, por meio de medição manual. O recorde de calor anterior da capital goiana era de 39,4°C.
Ainda segundo o Inmet, a previsão climática brasileira indica que a onda de calor permanecerá até janeiro de 2024, com possibilidade de se estender até o outono no país.
El Niño
As ondas de calor nesse ano são influenciadas pelo El Niño. O fenômeno é caracterizado pelo enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de Leste para Oeste) e pelo aquecimento anormal das águas superficiais da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico. As mudanças na interação entre a superfície oceânica e a baixa atmosfera têm consequências no tempo e no clima em diferentes partes do planeta. Isso porque a dinâmica de circulação das massas de ar adota novos padrões de transporte de umidade, afetando a temperatura e a distribuição das chuvas.
O El Niño – que ocorre em intervalos de tempo que variam entre três e sete anos – persiste em média de seis a 15 meses. No Brasil, o fenômeno provoca seca nas regiões Norte e Nordeste. Já o Sul registra ocorrência de chuvas torrenciais e ciclones extratropicais. Enquanto isso, Sudeste, caso de Minas Gerais, e Centro-Oeste, onde fica Goiás, registram as mais altas temperaturas do país.
Este conteúdo está alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) – ODS 15 – Vida Terrestre
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