O Brasil quer que os tratados ambientais da Convenção do Clima, Protocolo de Kyoto e Acordo de Paris deem certo. A afirmação é do secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador André Corrêa do Lago. Mas o negociador-chefe brasileiro para o clima na COP 28 afirmou que o grande desafio da conferência será reverter a relação estremecida entre os países.

“O desafio principal da COP 28 é superar a falta de confiança que se estabeleceu entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento”, disse.

Corrêa do Lago apontou que o Brasil será um mediador de soluções na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 28, em Dubai. A reunião começa no próximo dia 30 de novembro para lançar novas metas e estabelecer novos parâmetros para os acordos já previstos até 2030.

O secretário afirmou que o Brasil tem “tradição de encontrar equilíbrio entre as posições dos países” e vai utilizar o artifício na agenda climática. “O Brasil vai atuar muito nisso, ou seja, em assegurar que se consigam resultados para diminuir a divisão do mundo entre essas duas categorias de nações”, destacou.

Financiamento da transição 

A falta de financiamento para a transição da economia dos países em desenvolvimento é o centro da divisão. Um dos principais eixos da COP 28 será a redução do uso dos combustíveis fósseis, o que exige, portanto, uma transição energética para uma economia de baixo carbono. 

Um acordo de 2009 previa a liberação de US$ 100 bilhões até 2020 para esses países, mas os recursos não chegaram e o prazo atual é 2025. A conferência é sobre o clima, porém, a resolução dos problemas ambientais passam pela questão econômica. Assim, a COP 28 também terá o desafio de solucionar o financiamento da transição para todos os países do mundo.

“Queremos diminuir a diferença entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento. Queremos assegurar os recursos financeiros e a transferência de tecnologia para que o mundo em desenvolvimento também possa fazer essa transição”, disse Corrêa do Lago.

*Com informações do portal Notícia Sustentável

O texto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima, o ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes e o ODS 17 – Parcerias e meios de implementação.

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