O resultado da eleição presidencial neste domingo (2) fez com que um dos candidatos, Jair Bolsonaro (PL), diminuísse as críticas em relação às urnas eletrônicas e elevasse o tom contra institutos de pesquisa, em especial o Datafolha, alvo constante dele e de seu eleitorado.
Na véspera do pleito, o Datafolha mostrava ampla vantagem de Lula (PT) com 50% dos votos válidos, contra 36% de Bolsonaro. Ao fim da apuração, o petista figurou com 48,33% contra 43,28% do presidente e candidato à reeleição.
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No entanto, para o professor e cientista político Frank Tavares, a diferença das pesquisas para o resultado deste domingo (2) reflete outras situações. Assista a seguir
”Ainda não estou convencido de que as pesquisas eleitorais cometeram um erro na dimensão que se foi propagado na grande imprensa e conversas coloquiais. Em primeiro lugar, os levantamentos das principais pesquisas terminaram por volta de sábado pela manhã. Portanto elas estavam fotografando um cenário ocorrente no sábado de manhã”, afirma.
Institutos como Atlas, FSB, Paraná Pesquisas, Quaest, estiveram entre os que mais se aproximaram do resultado apresentado neste domingo (2) nas urnas. Frank Tavares acredita que o próprio eleitor bolsonarista tenha contribuído para a assertividade destes levantamentos.
”O eleitorado informado bolsonarista propositalmente se recusa a responder a questionários destes grandes institutos, mas responde dos pequenos institutos porque não tem uma rejeição, a priori”, analisa.
Ciro Gomes (PDT), por exemplo, figurava constantemente nas pesquisas como o principal candidato da chamada ”terceira via”, mas acabou ficando atrás de Simone Tebet (MDB).
”[Ciro] Foi um candidato que se colocou contra Lula e o PT, principalmente no último debate. Em suas últimas manifestações apresentou uma fotografia do presidente Jair Bolsonaro de maneira muito veemente, o que pode ter levado o seu eleitorado anti-petista a já fazer um voto pró-Bolsonaro”, avalia Tavares.
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