No Circula Roupas desta sexta-feira (29) vocês vão passear no Festival de Inverno de Orizona, cidade localizada a 135 quilômetros de Goiânia. O evento movimentou a comunidade, com lazer, entretenimento e histórias, que foram contadas a partir de peças antigas resgatadas e reaproveitadas.

A organizadora do festival Manoela Marilda Batista destacou que o evento marca um momento de retomada das atividades culturais que ficaram paralisadas durante a pandemia. “A população pode garantir um lazer efetivamente, o comércio pode voltar a se movimentar e as pessoas podem ter garantido o entretenimento”, declarou.

Confira a reportagem na íntegra:

O festival ofereceu às artesãs da cidade, uma oficina de capacitação em moda e moda e upcycling. a designer e produtora cultural Rochelle Silva contou os detalhes do trabalho. “As peças que não serviam para a customização foram direcionadas para o grupo do upcycling, então foram transformadas em bolsas, carteiras, juntas com o tear. Eu estou muito feliz, não só com o resultado das peças em si, mas com os resultados das vidas. Elas estão felizes, radiantes, orgulhosas do trabalho”, ressaltou.

As histórias da comunidade de Orizona foram resgatadas a partir de peças antigas, como tapetes, pedaços de tecido e objetos que foram transformados para a exposição.

“Nós trabalhamos com o resgate do tear, que encontra nossa ancestralidade, que busca a cultura dos nossos avós, nossos pais e mães, bem como pessoas mais jovens que estão inseridas nesse projeto. Nós resgatamos as peças antigas, feitas no tear, outras mais novas, mas resgatamos e não só de algodão, como fios de malha, que são sustentáveis”, explicou a artesã Diva Maria Gomes.

No festival, a coleção De Rosa em Rosa chamou atenção pelos materiais. As roupas em jeans são customizadas, tem peças com aplicação de bordados, rendas e pedaços de tecidos feitos manualmente no tear. As roupas de mão foram feitas com caixa de leite. Tudo é reaproveitável.

“Os nomes trazem muita força e significado. O Tecendo Memórias foi o que fizemos durante todo o tempo em que passamos com elas, resgatando essas memórias e trazendo para o tear. E o De Rosa em Rosa veio primeiro a partir da manifestação de uma delas que é a Rosa Maria. Quando eu pensei na metodologia, eu pensei na minha mãe, que também era uma Rosa. Então ter a dona Rosa, minha mãe, aqui com a gente nesse projeto, tem um grande significado”, contou emocionada a designer Rochelle Silva.

No espaço há, ainda, um pequeno brecho com roupas garimpadas em casa ou com amigos. São roupas e acessórios especiais e cheios de história. As peças foram expostas e vendidas durante o festival de inverno. As tendas foram decoradas com objetos antigos e também com as mantas e tapetes antigos feitos em tear.

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