O presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) disse neste sábado (19) à Sagres que está sendo estudada a possibilidade de aplicação de multa aos responsáveis pela paralisação do transporte coletivo da região metropolitana iniciada hoje.

“Nosso departamento jurídico já está fazendo essa análise dos documentos que nós temos e também em virtude da paralisação de hoje (19) para saber se realmente existe a possibilidade de punição e quem deve ser punido”, afirma.

Segundo o presidente, a CMTC foi surpreendida com a paralisação, e tenta sem sucesso negociar a circulação de mínimos 30% da frota na região metropolitana.

À Sagres, Benjamin Kennedy explica que aguarda uma solução junto ao governo federal para equilibrar as contas do transporte público.

“Existe uma estimativa de que esse déficit operacional acumulado de março de 2020 até agora em dezembro já está chegando a R$ 70 milhões. Como o governo estadual já designou praticamente R$ 7 milhões, ainda temos R$ 62 milhões a serem inseridos no sistema para cobrir esse déficit operacional”, conclui.

Sem acordo

Na tarde de hoje (19), uma reunião entre a Companhia e o sindicato que representa as concessionárias terminou sem acordo, e a paralisação deve continuar neste domingo (20).

Somente a Metrobus, que é estadual, mantém os veículos operando normalmente. Motoristas de concessionárias privadas reivindicam o pagamento do 13º salário e vale alimentação.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET), os servidores cobram o restante do pagamento do salário de novembro.