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Roberto Silva, presidente do CRAC (Foto: Nathália Freitas/Sagres Online)

Na tarde da última segunda-feira (27), a Confederação Brasileira de Futebol se reuniu com dirigentes de vários clubes do país em busca de uma solução para o retorno das atividades esportivas do país. Grande parte quer voltar aos treinamentos e a própria entidade sugeriu o recomeço dos estaduais para o próximo dia 17 de maio.

Porém a decisão para a volta dos torneios regionais está nas mãos também dos governos de cada estado. Em Goiás a probabilidade é pequena, como explicou o presidente André Pitta à Sagres 730. Na visão do CRAC, equipe que estava na quinta colocação antes da suspensão, mas não deve ter condições em um possível retorno.

“Eu acho que o CRAC é um dos times que não tem condição de montar uma equipe para começar o campeonato agora, acredito que é muito inviável para todos os times do interior remontar um elenco para jogar apenas dois ou três jogos”, destacou Roberto Silva, presidente do Leão do Sul.

Roberto Silva, presidente do CRAC (Foto: Nathália Freitas/Sagres Online)

Apesar de ter no calendário a quarta divisão nacional para disputar, o clube não tem elenco completo para retomar de imediato as atividades. De acordo com o dirigente, 70% da receita vem da Prefeitura de Catalão e os investimentos podem diminuir.

“Nós acertamos com os atletas e pagamos os dias trabalhados do mês de março. Temos apenas seis jogadores no elenco com contrato para a Série D, então estamos esperando agora uma definição do Campeonato Brasileiro, se vai ter a Série D ou não. O Prefeito também acha muito complicado, 70% da receita é dinheiro público, como você vai investir esse recurso público na Série D sendo que o torcedor talvez não possa nem acompanhar?”, pontuou.

Há algumas semanas na Sagres 730, ele havia declarado que era incerta a presença do Leão do Sul no torneio nacional. Agora Roberto Silva coloca nas mãos do prefeito Adib Elias a decisão sobre o futuro da equipe na Série D.

“Hoje o CRAC é o dono da vaga, hoje disputa, mas tem muita coisa ainda para acontecer e quem vai decidir é o prefeito. A receita caiu muito e além disso tem dívidas anteriores que estão bloqueando o dinheiro na prefeitura. Nós não conversamos com o Adib Elias a respeito da Série D, mas hoje o CRAC é um time que disputa a Série D. Só que também é preciso saber se vai ter, quando vai começar e qual será o formato para aí sim iniciar uma montagem de elenco”, explicou.

Com vaga garantida na quarta divisão do Brasileirão, o CRAC foi beneficiado pela CBF com R$ 120 mil reais. No entanto a quantia ainda não está disponível para o clube.

“Esse dinheiro não chegou na minha mão e o CRAC não recebeu esse dinheiro até hoje. O clube deve muito na Justiça do Trabalho por conta de gestões anteriores, então pode ser por isso que o dinheiro ainda não chegou”, afirmou Roberto Silva.