Com um discurso diferente do adotado pelo ex-secretário de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, o ex-governador Irapuan Costa Júnior assumiu a Pasta, enfatizando que as ações dos policiais nas ruas precisam ser mais enérgicas e que dará total cobertura ao policial. A mensagem diverge das ideias de Balestreri, que desde quando assumiu a secretaria, em março do ano passado, falou sobre esvaziamento de presídios e que a redução efetiva dos índices criminais depende da boa gestão de segurança pública com inteligência e prevenção. 

Em entrevista à Rádio 730, Irapuan Costa explicou quais são seus objetivos à frente da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e respondeu ainda, se a indicação ao cargo tem peso político em prol da senadora Lúcia Vânia (PSB) para as eleições deste ano.

“Esse convite brotou na cabeça do governador Marconi e do José Eliton. Não sei o que é ser linha dura. Se for aplicar a lei com energia e dar a cobertura que o policial merece, eu serei linha dura”.

O ex-secretário, Ricardo Balestreri, que após deixar a SSP assumiu a chefia do gabinete de Assuntos Estratégicos, fez um balanço de seu trabalho à frente da pasta.

“Alguns problemas sensacionalistas trabalham com casos concretos e dão a esses fatos a dimensão de um conjunto generalizado. Claro que há muito por reduzir, a criminalidade é alta ainda, mas o estado que mais reduziu a criminalidade, nesses 11 meses da nossa gestão, foi Goiás”.

O novo secretário, Irapuan Costa Junior, foi governador em Goiás de 1975 a 1979, durante a Ditadura Militar, período que ele prefere chamar de regime militar. Falou em vários momentos do discurso no chamado “politicamente correto” e disse que nunca conseguiu aceitar a expressão de que o traficante, latrocida ou assaltante sejam vítimas de uma sociedade injusta. “Ele se tornou o que é pelo livre arbítrio e optou pelo ganho superior na criminalidade”, disse.

Do repórter Rubens Salomão