Com deliberação do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública de Goiás (COE) referente à retomada das aulas presenciais, uma série de dúvidas a respeito de quando e como retornar surgiram. Para esclarecer algumas dessas dúvidas, o Manhã Sagres conversou com o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino Goiânia (SEPE-GO), Flávio Roberto de Castro e com a Superintendente de Ensino Médio da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Osvany da Costa Gundim Cardoso.

O presidente do SEPE-GO explica que ainda espera uma nota técnica da Secretaria da Saúde autorizando a volta às aulas e que há um planejamento, mas que é um assunto complexo, em função de já estarmos iniciando o mês de novembro. “Nós já verificamos que tem algumas escolas que definiram que não vão voltar por agora, outras ainda estão se preparando”.

Flávio conta que há um anseio maior pela volta dos alunos nas fases de educação infantil e começo do ensino fundamental, pois os pais voltaram a trabalhar. Ele conta que há dificuldades também em relação ao protocolo, que possui 67 páginas e não é um documento simples. “Eu acredito que essa volta, ela vai acontecer paulatinamente, não vai ser de uma vez só, até porque as escolas precisam assumir um compromisso da divulgação e da adoção também do protocolo”.

A superintendente do Ensino Médio da Seduc, Osvany da Costa, esclarece que o órgão já trabalhava com um planejamento pensando no retorno e que, agora, com a liberação do COE, vai começar uma série de reuniões com Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) e com a comunidade escolar para discutir o retorno. “Então a Secretaria está sim preocupada em discutir e analisar essa possibilidade agora, mas não está ainda decidido, visto que é uma decisão que a Seduc não tomará sozinha”.

Osvany explica que a prioridade é para alunos sem acesso à internet e que estão na 3ª série do Ensino Médio, pela proximidade da realização do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. “Tudo que foi possível ser feitos para eles, nós fizemos e estamos fazendo disponibilizando esses materiais de outra forma”.

A superintendente ainda explica que a Seduc trabalha com um calendário completo para 2021 em que consta um planejamento para nivelar todos os alunos. O ano será iniciado com uma avaliação diagnóstica para todos os estudantes e com os resultados da prova, será feito um nivelamento durante duas semanas e, após isso, o conteúdo de 2021 será administrado, também por duas semanas. Esse ciclo se repetirá durante o ano letivo.

“Essas lacunas que nós acreditamos ter ficado devido ao regime especial de aulas não presenciais terão que ser trabalhadas durante o ano de 2021 e se necessário daremos sequencia em 2022 e daí por diante”, explicou.