O vice-governador de Goiás José Eliton (PSDB) afirmou que já iniciou reuniões com os secretários de governo para verificar o mapeamento de obras em todo o estado e as consideradas prioritárias, já a partir de 2017.

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Em entrevista ao repórter Rubens Salomão, da 730, José Eliton falou sobre os recursos provenientes da venda Celg, mais de R$ 2 bilhões, e que o governo ainda avalia os impactos que as obras trarão ao Estados de Goiás.

“Nós temos a compreensão clara que os recursos advindos da venda da Celg são finitos e, portanto, o governador Marconi Perillo já estabeleceu como diretriz primeira da locação de recursos para investimentos a questão relacionada ao impacto que essas obras advirão no processo de desenvolvimento do Estado”, argumenta.

O vice-governador, que deixa o comando da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), conforme anúncio feito pelo governador Marconi Perillo na semana passada, fica agora à frente da gestão dos recursos que serão utilizados em obras estruturantes do governo estadual.

Segundo José Eliton, cada secretário define as obras que estão em andamento e aponta o nível de prioridade de cada uma. O vice-governador afirma que não vai admitir erros na administração dos recursos e citou o caso da hidrelétrica de Cachoeira Dourada.

“O que nós não queremos e não vamos fazer, conforme definido pelo governador Marconi, é fazer o equívoco que foi feito em Cachoeira Dourada, em que os gestores da época pulverizaram esses recursos, fizeram tudo quanto é tipo de obra que não trouxe qualquer tipo de impacto econômico para o Estado de Goiás, então é preciso aproveitar muito bem esses recursos de modo que a população sinta efetivamente os resultados práticos, não só na inauguração da obra”, destaca.

Sobre a Lei Orçamentária Anual de 2017, o recurso líquido a ser investido pelo governo é da ordem de R$ 800 milhões. Deputados estaduais fizeram acordo com o governo estadual de aprovar emendas de até R$ 2 milhões cada. Prefeitos e secretários também esperam poder utilizar os recursos. José Eliton frisou que a verba da Celg será para obras estruturantes, e não para custeios administrativos.

“Para as emendas dos parlamentares, nós já temos recursos no orçamento ordinário do Estado para o cumprimento dessas emendas. Não vamos utilizar recursos da privatização da Celg para realizar custeio, para questões relativas a custos ordinários da máquina administrativa. O que vamos fazer é definir o conjunto de ações estruturantes do Estado”.

A respeito das eleições para o governo do Estado, José Eliton é o primeiro nome cotado por Marconi Perillo para sucedê-lo em Goiás. O vice diz que já está reunindo com partidos e base aliada para discutir os projetos até o novo pleito.

“A partir deste momento eu já estou a discutir o processo político dentro do ambiente adequado, que são os partidos políticos, discutindo com seus dirigentes. Ninguém é candidato por si mesmo, é preciso construir primeiro um projeto adequado. E aí é preciso você apresentar à sociedade perspectivas para o futuro, quais são os novos desafios caminhos a serem trilhados, as visões que se tem acerca de interesses da sociedade como Saúde, Educação e Segurança”, confirma.