O mercado de mídia está em constante transformação, e o estudo da Kantar Ibope Media aponta tendências para o mundo da Comunicação que podem ser verdadeiros catalisadores para causas como educação e sustentabilidade. A questão que se impõe é: como a convergência de novas tecnologias, formatos digitais e comportamentos do consumidor podem contribuir para esses desafios globais? A resposta passa pela inovação, engajamento e impacto social.

Educação e a Revolução da Personalização

A educação pode aprender muito com o uso de Inteligência Artificial (IA) e análise de dados no mercado de mídia. Assim como plataformas de streaming personalizam o consumo de conteúdo, instituições educacionais podem criar trilhas de aprendizado adaptadas às necessidades de cada estudante. Esse modelo promove inclusão, ao oferecer materiais acessíveis e adequados a diferentes ritmos de aprendizado, e engajamento, ao tornar o processo mais relevante e interativo.

Além disso, as estratégias de gamificação, comuns em mídias digitais, podem ser usadas para ensinar de forma lúdica e participativa, alcançando especialmente jovens que já interagem com esses formatos no dia a dia.

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Sustentabilidade: Conteúdo como Agente de Transformação

A sustentabilidade também se beneficia dessa revolução midiática. A ascensão de plataformas audiovisuais com foco em publicidade programática permite que campanhas ambientais alcancem públicos segmentados, promovendo mensagens eficazes e alinhadas aos interesses específicos das comunidades.

Por exemplo, produções de storytelling voltadas para causas ambientais podem ser distribuídas em serviços AVOD (streaming suportado por anúncios), alcançando milhões de pessoas com custos reduzidos. O rádio digital, que combina tradições com inovações, também pode ser um veículo poderoso para educar sobre práticas sustentáveis, especialmente em regiões remotas.

O papel das marcas e do Mercado

Outra tendência relevante é a convergência entre mídia e varejo. Plataformas que integram anúncios a ações diretas, como a compra de produtos sustentáveis ou o financiamento de projetos educacionais, tornam o consumo mais consciente e conectado a causas sociais. As marcas têm um papel decisivo nesse cenário: comunicar valores alinhados à sustentabilidade e à educação, gerando impacto social enquanto fortalecem sua imagem.

A Sinergia pelo Futuro

As tendências do mercado de mídia 2025 revelam um potencial inexplorado para fortalecer a educação e a sustentabilidade. Personalização, interatividade e integração são palavras-chave para construir pontes entre esses setores. Cabe às lideranças de comunicação e às instituições educacionais e ambientais abraçar essas oportunidades, transformando tecnologia em ferramenta de transformação social.

O desafio, no entanto, é garantir que a inovação não seja excludente. Só será possível alcançar impacto real se as ferramentas forem acessíveis a todos, respeitando as diversidades econômicas e culturais. É hora de usar a força da mídia não apenas para informar, mas para educar e transformar.

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[COP À COP]

– PROTEÇÃO CLIMÁTICA. Segundo a Agência Lupa, duas em cada três cidades brasileiras falham na proteção contra desastres naturais, não possuindo planos eficazes de gestão de riscos. Entre elas está Belém, sede da COP30, que enfrenta desafios relacionados a inundações e mudanças climáticas. A ausência de políticas preventivas eficazes é um reflexo de falhas estruturais em várias regiões do país. Esse cenário preocupa especialmente diante da intensificação de eventos climáticos extremos. O fortalecimento de políticas públicas é urgente para proteger populações vulneráveis e garantir sustentabilidade.

– ULTRA INTELIGÊNCIA. Segundo o La Vanguardia, a OpenAI apresentou o modelo o3, uma inteligência artificial que supera especialistas humanos em testes avançados de matemática e ciências. Este avanço aproxima a chegada da Inteligência Artificial Geral (AGI), capaz de rivalizar com a inteligência humana em várias áreas. O o3 será lançado ao público em versões mini e completa, após testes de segurança. A inovação reacende debates éticos sobre impactos no trabalho e uso responsável. A sociedade precisa se preparar para integrar essa tecnologia de forma estratégica e sustentável.

– RESPONSABILIDADE CLIMÁTICA. Segundo a DW, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) concluiu audiências históricas sobre mudanças climáticas, com a participação de mais de 100 países e organizações. Países insulares, como Vanuatu e Tuvalu, lideraram o processo, buscando apoio financeiro e compensações por danos causados por nações mais poluidoras. A decisão da CIJ, prevista para 2025, poderá definir obrigações legais dos países na proteção do clima. Grandes emissores, como EUA e China, argumentaram que os atuais acordos climáticos são suficientes. O caso destaca a urgência de ações globais contra as mudanças climáticas e a necessidade de justiça para as nações mais vulneráveis. 

FINANCIAMENTO CLIMÁTICO. Segundo o ClimaInfo, o Equador converteu US$ 1,5 bilhão de sua dívida externa em um fundo para proteger a Amazônia. A iniciativa destinará US$ 460 milhões ao Programa Biocorredor Amazônico, que fomentará a conservação ambiental ao longo dos próximos 17 anos. Essa medida inovadora reflete o compromisso do país com a preservação da floresta, combinando sustentabilidade com soluções financeiras. O projeto busca equilibrar desafios econômicos e a conservação de biodiversidade crucial para o planeta. Essa estratégia destaca um modelo a ser seguido por outras nações com ecossistemas vulneráveis.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima

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