O cometa C/2023 A3, conhecido como Tsuchinschan-ATLAS, está prestes a atingir seu ponto mais próximo do Sol nesta sexta-feira, 27 de setembro. Popularmente chamado de “cometa do século”, ele tem despertado grande interesse pela sua possibilidade de brilhar intensamente no céu noturno.
Embora a luminosidade exata ainda não seja garantida, estimativas feitas até agosto indicam que o cometa poderá atingir a 2ª magnitude no início de outubro. Vale destacar que, em termos astronômicos, quanto menor a magnitude, mais brilhante o corpo celeste se apresenta.
O cometa passará a cerca de 58,6 milhões de quilômetros do Sol, e sua maior aproximação da Terra ocorrerá em 12 de outubro, quando estará a 71 milhões de quilômetros do nosso planeta. Descoberto em 2023 pelo Observatório Chinês de Tsuchinshan e confirmado pelo sistema ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System), o fenômeno já pode ser observado a olho nu no Brasil, embora sua proximidade com o Sol torne a visualização um pouco difícil neste momento.
Como observar o “cometa do século”?
As condições para observar o cometa C/2023 A3 devem melhorar no início de outubro, quando ele se afastar do Sol e se aproximar da Terra. Para uma melhor visualização, procure um local com pouca poluição luminosa e um horizonte leste livre de obstáculos. O cometa poderá ser visto perto da constelação de Sextante, próximo à linha do horizonte, pouco antes do nascer do Sol.
O astrônomo Rodolfo Langhi ressalta que, apesar de ser possível vê-lo a olho nu, a qualidade da observação depende de fatores locais, como clima e poluição luminosa. O uso de binóculos ou telescópios pode proporcionar uma experiência mais rica e detalhada.
“Por volta das 4h30 da manhã, por aí, quem observar na direção do horizonte leste, onde o Sol nasce, antes de começar a clarear o céu, vai conseguir notar uma manchinha fraquinha, esse é o cometa”, explicou Rodolfo Langhi, coordenador do Observatório Didático de Astronomia da Unesp.
Se você deseja capturar o “cometa do século” com seu celular, ative o modo noturno da câmera. Mesmo que o astro não seja visível a olho nu, a câmera pode conseguir capturá-lo. O cometa deverá continuar visível até meados de outubro, ficando cada vez mais alto no horizonte, embora com um brilho progressivamente menor.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Leia também: