O Conexão Sagres desta semana faz um resumo das principais notícias de Goiás. Confira a lista das matérias que tiveram maior repercussão entre os dias 21 e 25 de junho

  • Nova variante do coronavírus encontrada em Goiânia é mais contagiosa que Cepa P1, dominante durante 2ª onda;
  • Aulas presenciais na Rede Pública de Goiânia terão 50% da capacidade e com três tipos de rodízios;
  • Base curricular será usada nas escolas para evitar aumento das desigualdades pós-pandemia;
  • Prefeitura gastou em 2021 só R$ 89 milhões de R$ 200 milhões liberados pela CEF para obras.

Cepa P1

Goiânia registrou na sexta-feira (18/6), o primeiro caso de uma pessoa infectada pela nova variante do coronavírus denominada como Delta. A variante é proveniente da Índia e de, acordo com a bióloga Mariana Pires Campos Telles, a Cepa causa preocupação na Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Ela possui algumas mutações que aumentam a capacidade de infecção, além dela ter um aumento do risco de hospitalização. Se a gente comparar com a Gama (P1, identificada pela primeira vez em Manaus), que a gente já tinha essa preocupação e que foi a responsável, inclusive, pela segunda onda em Goiânia, ela infecta, no mínimo, duas vezes mais. Então é importante que a gente mantenha a vigilância”.

Aulas presenciais

A partir do mês de agosto as aulas presenciais serão retomadas na Rede Pública de Goiânia com 50% da capacidade. A informação foi repassada de forma exclusiva pelo secretário de Educação, Wellington Bessa, ao programa Sagres Sinal Aberto. Além disso, serão feitos três tipos de rodízio – diários, turnos e semanais. O secretário afirmou que o plano está praticamente concluído.

“Hoje o planejamento está mais sólido. A Secretaria Municipal de Educação (SME) trabalhou nestes últimos meses tomando todos os cuidados necessários. Hoje 100% dos nossos profissionais já tomaram a primeira dose. Hoje nós temos um cenário sanitário e pedagógico que permite a gente planejar este retorno com cerca de 50%”.

Desigualdades pós-pandemia

Com o grande período sem aulas presenciais devido ao Coronavírus, alguns educadores estão preocupados em como será a volta dos alunos por motivos de aprendizagem, emocional entre outros. E para conter as discrepâncias, a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) trabalhará para evitar as desigualdades no pós-pandemia. Sobre isso, Cíntia Camilo, que atua na área de Apoio Técnico ao Professor da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia, comentou:

“Desde o início (da pandemia) já estamos na perspectiva de trabalhar com os elementos já apresentados na Base. A Base ajuda na perspectiva de retorno, pois nós temos elencados quais as competências gerais que devem ser trabalhadas e desenvolvidas pelos educandos, assim como as habilidades em cada componente curricular ano a ano que precisam ser garantidos. Assim que voltarem, os professores farão um diagnóstico com os reeducandos para verificar o que foi possível aprender no ensino remoto e, com base nos elementos na BNCC, saber quais conhecimentos precisam ser retomados, ampliados ou complexificados”.

Dinheiro liberado da CEF

A Caixa Econômica Federal (CEF) liberou em 2021 R$ 200 milhões do empréstimo de R$ 780 milhões para investimento em obras em Goiânia, mas a prefeitura gastou apenas R$ 89 milhões, restando ainda R$ 111 milhões, de acordo com um levantamento que a Sagres teve acesso. O contrato para recapeamento de ruas e investimentos em obras como o viaduto na Avenida Jamel Cecílio foi assinado em novembro de 2019 na gestão do prefeito Iris Rezende.

Mariana Tolentino é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o Iphac e a Unialfa sob supervisão do jornalista Denys de Freitas.