O preço da tarifa de ônibus a ser pago pelo usuário do sistema de transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia ficará congelado em R$ 4,30 em 2022, mas o valor a ser recebido pelas operadoras será superior a R$ 7,02, informou nesta quarta-feira (12) à Sagres o presidente da CMTC, Tarcísio Abreu. A diferença de R$ 2,72 – entre o valor pago pelo usuário e os R$ 7,02 da tarifa técnica – será subsidiado por Estado e pelas prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo e já deve ser implantado a partir de fevereiro, disse Tarcísio Abreu.

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A mudança será possível porque o Estado deve sancionar até o fim de janeiro o projeto de lei aprovado em dezembro pela Assembleia Legislativa de reestruturação do sistema de transporte. A nova lei criou as tarifas do usuário e a tarifa de remuneração para cobrir a tarifa técnica. Em outubro, a CMTC apurou que essa tarifa técnica (que cobre os custos das operadoras) era de RF$ 7,02, mas Tarcísio Abreu informou que ela ainda será atualizada antes de ser aplicada em fevereiro.

“A gente precisa agora fechar o ano até dezembro para que a gente possa ter essa tarifa de remuneração a partir de 2022, atualizada, a última versão, para que possa ser utilizada e aprovada dentro da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC)”, explicou Tarcísio.

O valor será subsidiado conforme as participações de cada representante, ou seja, com 41,2% do Estado de Goiás; 41,2% de Goiânia; 9,4% de Aparecida de Goiânia; e 8,2% de Senador Canedo. “É preciso fazer uma ressalva, que essa composição não é só a questão da participação no investimento, mas a participação total: na decisão, direcionamento das políticas públicas, melhoria do transporte e no enfrentamento da pandemia”, afirmou.

De fato e de direito

O presidente da CMTC ressaltou que com essa nova composição, a CMTC “assume o papel de uma companhia metropolitana, de fato e de direito”. “E isso fortalece muito a posição da CMTC. Nós lutamos por isso, por uma companhia que represente a Região Metropolitana. Temos o objetivo de isso acontecer da forma mais rápida possível”, declarou.

Para Tarcísio, essa nova formação exige unidade. Para ele, isso entra nos três pilares que precisam com a sanção da lei. “O primeiro passo é a consolidação institucional, com a governança e participação de todos os membros; Logo após, a tarifa flexível que permite a criação de vários produtos, vários serviços novos que serão atrativos para os nossos usuários; e o terceiro pilar é estrutural, a questão de ônibus, frota, abrigos e terminais. São três pilares muito fortes para esse projeto”, detalhou o presidente da CMTC.

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