O Grupo de mulheres negras Malunga lançou um documentário que mostra a história de um dos primeiros coletivos feministas em Goiás. O enredo contado pelas integrantes da organização que existe há mais de 28 anos e luta contra o racismo, a violência contra mulheres negras e a favor da saúde coletiva.

Geralda Pereira da Silva (Foto: Arquivo pessoal)

Uma das fundadoras do coletivo, Geralda Pereira da Silva, explica que tudo começou com a luta pela valorização das mulheres negras e a busca por fortalecer essas mulheres. Isso só é realizado através das políticas públicas a respeito de saúde, bem-estar, autoestima e inclusão de mulheres pretas.

“Nós percebemos que temos muita história, mas nada escrito, nada publicado. A partir disso vimos a necessidade de valorizar a história do grupo da nossa caminhada e deixar isso registrada”, Pontua Geralda.

O documentário

A produção “Malunga conta sua história” é uma série de cinco vídeos ressaltando aspectos relevantes ao longo da jornada do grupo. Os temas são: “Fundadoras”, “Onde tudo começou”, “Juntas vamos mais longe”, “Fazer por nós e para nós” e “Ancestralidade e continuidade”.

Geralda ressalta que esse documento é apenas uma pequena parte da história da Organização não-governamental (ONG) negra, feminista e sem fins lucrativos, mas que mesmo sendo apenas um recorte, precisa ser contada.

“Pensamos em fazer algo maior, até para divulgar para as novas gerações a nossa luta, o nosso trabalho. Queremos que conheçam a nossa história é que continuem cobrando, conquistando e trazendo as mudanças tanto precisamos. As mulheres negras também têm voz”, disse.

Distribuição

Sônia Cleide (Foto: arquivo pessoal)

A estreia do documentário Malunga conta sua história ocorreu neste sábado (6). As próximas a apresentações serão do dia três de junho no Centro Cultural Cora Coralina, a partir das 15h e no YouTube. Segundo a organização o plano de distribuição pro encaminhamento do filme ainda está sendo organizado.

De acordo com uma das fundadoras da ONG, Sônia Cleide, uma das principais lutas agora é implementar novamente o Comitê De Saúde Da População Negra e a Câmara Técnica Da Anemia Falciforme.

“Essas são doenças mais prevalentes na população negra e que precisam de políticas públicas. Com isso, nós queremos mostrar para Goiás e Brasil a importância da implementação dessas políticas”, conta Sônia.

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