A oncologia tem apresentado avanços nas últimas décadas, com surgimento de novos tratamentos mais eficazes e menos tóxicos, mas o número de complicações ainda é expressivo. O médico cardiologista Diogo Sampaio afirmou, durante entrevista ao Sagres em Tom Maior desta sexta-feira (4), que o coração é um potencial complicador.

“Temos observado a evolução do tratamento do câncer, mas com efeitos sistêmicos dessa terapia. São efeitos fora do local onde o câncer acomete. O câncer está transformando o paciente em um paciente crônico. A pessoa se cura do câncer, contudo, como efeito colateral, pode desenvolver um problema cardíaco, seja durante o tratamento ou até mesmo vários anos depois”, ressalta o médico.

O cardiologista pontua a necessidade de um monitoramento frequente durante a quimioterapia e ao longo da vida do paciente. “Nos últimos anos tem surgido uma nova vertente da medicina que é a chamada cardioncologia, que seria uma interação entre o cardiologista e o oncologista para o tratamento desse paciente. Isso serve para o diagnóstico precoce, que pode evitar a evolução da outra doença do coração”.

O principal sintoma de doenças do coração, segundo o médico, é a insuficiência cardíaca. Além dessa, existe a arritmia, hipertensão arterial e outro fatores que acabam gerando uma trombose.

Confira a entrevista completa: