O Ministério da Educação (MEC) não deve homologar a decisão do Conselho Nacional de Educação (CNE) de permitir o ensino remoto até dezembro de 2021. A intenção do governo federal é a de estimular uma volta presencial das escolas, mas acaba deixando uma lacuna nas diretrizes para Estados e municípios.

Uma resolução do CNE com o artigo que permite continuar a educação online por causa da pandemia está desde o dia 7 de outubro aguardando o aval do governo federal. Com a negativa, Estados e municípios ficarão sem diretrizes oficiais sobre o assunto para escolas públicas e particulares.

Em entrevista ao Sinal Aberto II, o presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Flávio Roberto de Castro detalhou que a responsabilidade do Ministério da Educação é com as Universidades e Institutos Federais e, algumas poucas escolas ligadas a educação básica. Então essa normativa é de interesse do ensino superior.

Ele explicou ainda que os estados e municípios tem autonomia própria com os conselhos estaduais e municipais. Em relação ao ensino fundamental e médio o Conselho Estadual de Educação já regulamentou o ensino remoto para o ano de 2021, enquanto durarem as restrições de pandemia.

Segundo o presidente do CEE, 90% dos estudantes conseguiram acompanhar as aulas à distância, em Goiás. No entanto, 10 % dos alunos não teve acesso as aulas por falta de internet ou em alguns casos por vontade própria.

Hoje nós praticamente aprovamos a resolução sobre a avaliação e o encerramento do ano letivo, tratamos da questão da classificação, da reclassificação e se for necessário a questão da retenção, para aqueles alunos que tiveram acesso mas que não participaram (das aulas remotas), destacou.

Nas próximas três semanas que o CEE terá o diagnostico completo de como foi o aproveitamento por parte desses alunos, o que dará um caminho para o planejamento do próximo ano letivo. Nas escolas públicas e privadas de educação básica no estado de Goiás, o início do ano letivo está previsto para o dia 18 de janeiro.