A conselheira e representante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás, que participa das discussões do Plano Diretor, Adriana Mikulaschek, disse à Sagres 730 nesta segunda-feira (10), que o ordenamento territorial é a pauta mais controversa na discussão do Plano Diretor de Goiânia. Segundo ela, a Prefeitura trabalhava com o parâmetro de fração ideal, e agora está sendo proposto outro tipo, que é o coeficiente de aproveitamento do solo.

“Muita coisa que a Prefeitura usou como base, os parâmetros urbanísticos foram mudados, e o grande problema é que isso não está sendo discutido com a população”, ressaltou. “A Prefeitura trabalha com a fração ideal, quando você usa uma quantidade de economia no terreno, você determina o uso do solo, o que pode e quanto vai ser construído naquele lote. O coeficiente de aproveitamento muda completamente esses parâmetros”, completou.

De acordo com Adriana Mikulaschek, com essa mudança de parâmetro vai acontecer uma verticalização de uma forma planificada. “A cidade está sendo vista como uma coisa só, sendo que não é. Alguns bairros têm entrado na discussão, como os bairros Jaó, Marista e Sul, falando o que eles querem que vem, justamente, contra a politica de verticalização que está sendo proposta”, disse. “Quando se tem o coeficiente de aproveitamento tem mais liberdade de verticalizar”.

A mudança nos parâmetros para construções, de fração ideal para o coeficiente de aproveitamento, deve ser incluída como emenda no relatório da Subcomissão de Ordenamento Territorial. Para a conselheira e representante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás, que participa das discussões do Plano Diretor, Adriana Mikulaschek, Goiânia tem que ser uma cidade compacta, e o adensamento é muito importante, porém, a verticalização “nem sempre é a resposta correta para isso”, disse.

A Secretária de Finanças de Goiânia e Coordenadora Geral do Grupo Executivo do Plano Diretor, Zilma Campos Peixoto, afirmou à Sagres que ainda não chegou no ponto de discutir a fração ideal e o índice de aproveitamento. “Já iniciou uma tratativa no sentido de, talvez, consiga adicionar a fração (ideal) nesse índice de aproveitamento, mas até o momento tratamos de outras emendas e ainda não chegamos no Ordenamento Territorial”, disse.