Enquanto o presidente regional do PSD, Vilmar Rocha, nega a possibilidade de desistir da disputa ao Senado, o coordenador geral da campanha à reeleição do governador Ronaldo Caiado (UB) colocou mais lenha na fogueira governista nesta semana. O presidente da Assembleia Legislativa definiu indicação de votos para Caiado e Vilmar aos servidores da Casa que se dispuseram a participara da reunião com funcionários que atenderam a convite político.
O coordenador afirma que trabalha formalmente para o melhor desempenho possível dos outros candidatos caiadistas ao Senado, Alexandre Baldy (PP) e Delegado Waldir (UB), mas que sua preferência é inegável. De acordo a assessoria de Lissauer, o presidente da Alego ainda definiu apoio formal ao vice-prefeito de Rio Verde, Dannillo Pereira (PSD), na disputa à uma das 17 vagas na Câmara Federal.
“São servidores efetivos e comissionados que me ajudam na administração do Poder Legislativo do Estado de Goiás”, disse Lissauer. “Estamos num processo eleitoral e vocês trabalham em uma Casa que é política também”, avalia. Já Vilmar Rocha segue pressionado, dentro e fora do PSD, a desistir da candidatura ao Senado. Além da busca por unidade na base palaciana, cresceram nesta semana as reclamações de candidatos proporcionais que ainda não receberam recursos do Fundo Eleitoral.
Fatias do bolo
A campanha do candidato ao Governo de Goiás, Wolmir Amado (PT) recebeu R$ 500 mil de verba da direção nacional da legenda para conduzir os trabalhos da candidatura. O valor é a metade do R$ 1 milhão que o deputado federal Rubens Otoni (PT) recebeu para sua tentativa de reeleição. Os dados estão registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Divisão
O diretório petista também colocou dinheiro nas campanhas de Adriana Accorsi que mira uma das cadeiras na Câmara dos Deputados em 2023. A deputada estadual recebeu da legenda R$ 350 mil para tocar sua campanha. Também tentando o cargo de deputada federal, a cientista política Kedma Karen recebeu R$ 145 mil. Buscando a reeleição à Assembleia Legislativa de Goiás, o ex-prefeito de Anápolis, Antônio Gomide recebeu R$ 100 mil para sua campanha.
Gradativo
Candidata a deputada estadual e presidente da legenda em Goiás, Katia Maria explicou que o partido fará novos repasses gradativos e que outros candidatos serão contemplados com verba de campanha. De acordo com a professora, o critério é a ampliação de bancadas. “Priorizando quem já tem mandatos e candidaturas potenciais”, ressaltou.
Lucros e dividendos
O deputado federal José Nelto (Progressistas) está entre os cinco políticos brasileiros que mais aumentaram seu patrimônio entre as eleições de 2018 e 2022, de acordo com levantamento do site Poder360.
Valores
A declaração de bens do parlamentar indica um salto de R$ 7,8 milhões para R$ 48,5 milhões, o que representa uma variação de R$ 40,7 milhões, ou 518%. Nelto, que busca a reeleição, está na quinta posição, e é o único goiano da lista.
A lista
À sua frente, estão o deputado distrital Josué Gomes (Progressistas), o ex-senador Eunício Oliveira (MDB), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o vice-governador de Rondônia, Zé Jordan (PSC), que registraram crescimento em seus patrimônios de R$ 95 milhões, R$ 69 milhões, R$ 60 milhões e R$ 56 milhões, respectivamente.
Trabalho
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu a criação de um núcleo de inteligência para combater a violência política nas eleições de outubro. De acordo com portaria publicada pelo tribunal, o núcleo será responsável pela coleta de dados e pelo processamento de informações de segurança pública durante o pleito.
Coordenação
O grupo será composto pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, três representantes do tribunal e três representantes do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares.
