A COP 28 chegou ao fim há cerca de um mês, mas a discussão climática não para: no caso do Brasil, além de desempenhar um papel crucial nos debates com a comunidade internacional, é preciso dar sequência à organização da COP 30 que irá acontecer em Belém e pode ser a oportunidade de colocar a floresta no centro do debate.
A afirmação sobre a importância de trazer os olhares à floresta foi dada pelo governador do Pará, Helder Barbalho, ao fim da COP 28. É no Pará que líderes mundiais, sociedade civil organizada, representantes do poder público e empresas irão se reunir em 2025 para avaliar o que já foi feito até agora e estabelecer estratégias para o cumprimento de metas socioambientais, como a Agenda 2030.
“(A COP 30) Se apresenta fazendo uma convocação para que a floresta esteja no centro das discussões das soluções ambientais, das urgências climáticas, e a certeza de que a COP 30 em Belém será o grande palco para que as dimensões ambientais do planeta possam valorizar a floresta, possa estimular a construção de empregos verdes, possam fazer da bioeconomia uma nova grande vocação da economia global e o mercado de carbono transformando floresta em commodity e com isso nós possamos conciliar os desafios ambientais sociais e econômicos”, pontuou.
Cooperação
Durante o evento de Dubai que aconteceu entre novembro e dezembro de 2023, o Pará aproveitou para estreitar relações com a organização da COP 28 e extrair da expertise dos Emirados Árabes Unidos o que for viável para a execução da COP 30 no contexto brasileiro.
“Firmamos cooperação com a presidência da COP 28 com o intuito de construir parcerias que possam aproveitar da experiência de Dubai e levar até Belém, respeitando as nossas diferenças, respeitando as singularidades e peculiaridades de cada território, mas acima de tudo unindo esforços em torno de uma causa, que é a causa ambiental e a causa social do planeta”, explicou.
Barbalho destacou a importância dos amplos debates na Conferência para que haja a participação da população nas discussões. Segundo ele, a presença da sociedade, de líderes, de membros da Academia e da ciência, de povos diversos, é imprescindível para construir soluções.
“Acima de tudo um grande chamamento: oportunidade para a convocação do planeta para o cumprimento das ambições e acima de tudo revisitar ambições, para que nós possamos ter a agenda de governança pública e privada e a mobilização da sociedade diante das emergências climáticas que o mundo assiste e sofre os seus impactos”, destacou.
Estado em transição
Sobre a realização da Conferência do Clima no Pará, o governador afirmou que o momento vivido pelo estado é de transição para um futuro mais sustentável e que a realização da COP 30 está alinhada ao processo de desenvolvimento.
“É um grande desafio, um estado que ao longo da sua história representou um grande problema ambiental, e que faz a escolha da transição do seu modelo para apontar a um futuro que compatibilize olhando para as pessoas, o processo de desenvolvimento, o desenvolvimento das suas vocações do passado à implementação de novas vocações que tenham a floresta como principal indutor de cuidar das pessoas e do meio ambiente”, afirmou.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis; ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis; ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática.
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