Na COP29, realizada nesta quarta-feira (20) em Baku, 25 países, em sua maioria nações ricas, firmaram um compromisso para não inaugurar mais centrais a carvão sem sistemas de captura de CO2. A medida visa incentivar outras nações a abandonar essa fonte de energia altamente poluente.
Entre os signatários estão Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e Austrália, que apesar de ser um grande produtor de carvão, aderiu ao apelo voluntário. Contudo, países como China, Índia e Estados Unidos não apoiaram a iniciativa.
Os países participantes garantiram que seus futuros planos climáticos não incluirão novas centrais a carvão sem mecanismos de captura de CO2. Porém, o compromisso não exige o fim da extração ou exportação de carvão, que ainda registra aumento no consumo global devido à sua alta emissão de CO2.
O comissário europeu para o clima, Wopke Hoekstra, destacou que é fundamental transformar esse compromisso em ações concretas. “A transição dos combustíveis fósseis precisa sair do papel para virar realidade”, afirmou.
O apoio da Austrália foi especialmente celebrado por organizações ambientais, dado o peso do carvão em sua economia. “A porta do carvão foi fechada. Agora precisamos trancá-la”, declarou Erin Ryan, da Climate Action Network.
Além de países ricos, nações africanas como Angola, Uganda e Etiópia também assinaram o compromisso, desenvolvido em parceria com a aliança global Powering Past Coal.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima
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