Na última terça-feira, 19, o negociador-chefe da COP29, Yalchin Rafiyev, expressou gratidão ao G20 pelo apoio registrado na declaração de líderes divulgada durante a reunião do grupo no Rio de Janeiro.

O documento, publicado na noite de segunda, enfatiza a expectativa por um desfecho positivo relacionado ao novo mecanismo que substituirá o fundo anual de US$ 100 bilhões, originalmente prometido por países ricos para auxiliar nações em desenvolvimento na luta contra o aquecimento global. Esse fundo, apesar de promissor, nunca foi plenamente implementado.

Os líderes do G20 também reforçaram seu apoio à presidência da COP29 e destacaram o compromisso com “negociações bem-sucedidas em Baku”, no Azerbaijão, onde acontece a cúpula climática. Além disso, prometeram acelerar reformas na arquitetura financeira internacional para torná-la mais apta a enfrentar a crise climática.

“Somos gratos pelo apoio que havia sido pedido pela presidência da COP29. Apreciamos os sinais da intenção de acelerar as reformas da arquitetura financeira internacional. Estamos certos de seu apoio para o sucesso do objetivo de finanças climáticas aqui em Baku”, disse Rafiyev em coletiva de imprensa.

Posicionamento do G20

Simon Stiell, secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), destacou a relevância do posicionamento do G20, classificando-o como uma “mensagem clara” para os negociadores da COP29. Segundo ele, o objetivo é assegurar que a cúpula não termine sem a definição de um novo objetivo financeiro, algo de interesse global.

Apesar do esforço diplomático, ainda não há consenso sobre o Novo Objetivo Coletivo Quantificado de Financiamento Climático (NCQG). Enquanto todos concordam que os US$ 100 bilhões anuais são insuficientes, persistem divergências sobre a origem dos novos recursos e a forma de sua utilização.

O ministro italiano do Meio Ambiente, Gilberto Pichetto, enfatizou a necessidade de critérios claros para a alocação dos recursos, a fim de evitar decisões totalmente subjetivas por parte dos países beneficiados. “Está claro que são necessários critérios para não deixar tudo nas mãos de escolhas totalmente individuais por parte do país beneficiado [com os recursos]”, declarou.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU)ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima

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