Os parlamentares que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que analisa as contas do último ano do ex-governador Alcides Rodrigues pretendem ouvir nesta semana o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (AGETOP), Jayme Rincón.

O objetivo é esclarecer o porquê foi dada prioridade a pagamentos de empreiteiras em vez de ter sido quitada integralmente a folha de pagamento dos servidores relativa ao mês de dezembro.

“Há algumas obras que foram empenhadas e contabilizadas, mas o dinheiro não foi pra Agetop. A ideia é chamar o presidente da Agetop para saber que obras foram essas que foram encaminhadas e não houve pagamento e se a obra foi feita ou não”, alega o presidente da CPI, deputado Cláudio Meirelles do PR.

O presidente da Agetop informa que já foi procurado por técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), para que fossem relatadas informações sobre obras empenhadas e que apresentaram algum problema. “Isso está sendo apurado agora pela Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas tem sido muito rigoroso estamos encaminhando essas informações solicitadas a eles”, disse.

Recursos carimbados

Durante depoimento prestado na última semana na Assembleia Legislativa, o ex-Secretário da Fazenda, Célio Campos, respondeu a acusação dos governistas de que a gestão Alcides priorizou o pagamento de empreiteiras e não a folha de pagamento, Célio justificou que os recursos eram carimbados, ou seja, tinham destinação específica.

O vice-presidente da CPI, deputado Luís César Bueno do PT, em entrevista à Rádio 730, analisando o trabalho da comissão, afirmou que os  integrantes da comissão estão enfrentando um “tiroteio” de números, sendo que há discrepâncias entre o que os membros do governo e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apresentam.

Segundo ele, os dados apresentados pelos membros do governo anterior são os que mais convencem, pois são baseados em relatórios e movimentações financeiras concretas.