A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o desaparecimento de pessoas que tiveram o último contato com policiais irá apresentar os primeiros dados à sociedade esta semana. Com os trabalhos, foi possível identificar a responsabilidade pelo desaparecimento de mais de 30 pessoas.

Em entrevista ao repórter Samuel Straioto, da RÁDIO 730, a Superintendente de Direitos Humanos da Secretaria de Segurança Pública, Adriana Accorsi fez um balanço do trabalho da comissão.

“Temos uma análise de cada um dos casos que foi denunciado, relatórios das visitas sociais feitas às famílias e faremos várias propostas de ações a serem tomadas pelo Estado no sentido de evitar esse tipo de situação e a impunidade”, relatou.

Accorsi informou ainda qual o perfil da maioria das famílias vítimas de casos desta natureza. “São situações tristes, de pessoas, geralmente jovens e de famílias humildes que desapareceram deixando familiares em situação de desolação. Em muitos casos não houve uma investigação eficaz sobre o paradeiro dessas pessoas e o que pode ter acontecido com elas, havendo indícios de que essas pessoas desapareceram após abordagens policiais”.

Continuidade

Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Mauro Rubem (PT), o trabalho de investigação não pode se restringir à CPI. Ele promete que fará uma sugestão para que as investigações de desaparecidos prossigam.

“Isso não pode se encerrar com a comissão. Deve continuar esse trabalho e procurar punir os responsáveis por estes casos”.