Mais um caso de abuso sexual contra uma criança foi registrado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Goiânia (DPCA) nesta sexta-feira (1). A vítima foi um garoto de três anos, que mora na Cidade de Goiás, veio a Goiânia para passar as férias na casa da tia, Daniele dos Santos Costa, de 26 anos.

Ao dar banho no garoto, ela percebeu marcas e lesões estranhas e levou o menino ao CAIS do Jardim Guanabara 3, onde uma pediatra percebeu os indícios de abuso sexual e acionou o Conselho Tutelar.

Foram feitos exames de corpo de delito e biópsia no Hospital Materno Infantil que confirmaram os abusos, com lesões internas e externas. Quando perguntado, o garoto descreveu com detalhes o que ocorreu e afirmou que o autor dos abusos é o avô: Divino Eterno Clemente, de 41 anos, que mora ao lado da casa do menino, na cidade de Goiás. Ele é o “companheiro” da avó materna da vítima.

Criança contraiu DST

A mãe da criança, Aparecida Pereira dos Santos, de 32 anos, é surda-muda e a irmã dela, Daniele dos Santos falou em entrevista que foi constatado, em exame feito no Hospital Materno Infantil, que o garoto havia adquiro uma Doença Sexualmente Transmissível.

“Assim que a doutora examinou ela já constatou a DST e pediu pra encaminhar pro Materno Infantil. Ele fez cirurgia, foi colhido o material e estamos aguardando uma biópsia”, informou.

A doença diagnosticada no garoto é Condiloma, também conhecida como Crista de Galo. Existe a suspeita de que a irmã do garoto, de sete anos, também tenha sofrido abusos sexuais. Ela também passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) e os resultados devem ficar prontos no início da próxima semana.

DPCA acompanhará caso

Vinícius Sirqueira é o Conselheiro Tutelar que atendeu o caso. Na avaliação dele, a divulgação é importante para incentivar as denúncias contra ações suspeitas. “Isso acontece praticamente todos os dias e tem sido cada vez mais denunciado porque as pessoas estão seguras de que o agressor não vai ficar impune. É melhor acionar o Conselho Tutelar por uma suspeita do que depois que aconteceu a tragédia”.

A delegada titular da DPCA, Ana Elisa Gomes Martins, explica que a investigação deve ficar a cargo da delegacia da Cidade de Goiás, e que um possível pedido para a prisão do suspeito, companheiro da avó da criança, também deve ser feito pelo delegado daquela região. Apesar disso, Ana Elisa garante que alguns procedimentos serão feitos para agilizar o processo.

“Vamos dar apoio à eles porque temos toda uma estrutura voltada para isso. Elas serão acompanhadas pela psicóloga e toda a equipe da DPCA”.

Com informações do repórter Rubens Salomão