A Advocacia-Geral da União (AGU) quer que três fazendeiros paguem ao menos R$ 725 milhões por causarem danos ambientais no Pantanal, na cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. A ação civil pública ajuizada na sexta-feira (24) tem como base a investigação da Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Prometeu, realizada em setembro de 2024. 

Segundo a Polícia Federal, os três fazendeiros que não tiveram os nomes divulgados causaram um prejuízo que soma mais de R$ 200 milhões ao desmatarem uma área de 6.400 hectares. No local, foram estruturados currais, estradas e edificações. Por isso, os crimes ambientais investigados na Operação Prometeu são ocupação ilegal de terras da União, desmatamento e incêndios florestais.

Área ocupada ilegalmente para a criação de gado em Corumbá (Foto: Polícia Federal)

Propriedades da União

Conforme o inquérito, os acusados estabeleceram duas propriedades nas áreas que pertencem à União, cada uma tem cerca de 3 mil hectares. No local, a PF verificou que havia a criação de ao menos 2.100 cabeças de gado e estima que o rebanho fosse, na verdade, de 7.200 animais. Mas o terreno do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) está sob gestão da União.

Área atingida (Foto: PF/Divulgação)

A Operação coletou imagens e tem laudos que evidenciam as infrações dos três fazendeiros. Então, a AGU pede na Justiça que cada um pague R$ 212 milhões por ano de infração até que promovam a recuperação da área degradada. Até o momento, portanto, a Advocacia-Geral da União contabiliza a multa em R$ 725 milhões.

*Com CicloVivo

*Este conteúdo segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima.

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