Avaliar o projeto apresentado pelo consórcio interessado na construção do metrô de superfície de Goiânia, no corredor do Eixo Anhanguera. Com esse objetivo, a comissão elaborada para discutir e acompanhar a viabilização do Veículo Leve sobre Trilhos – VLT se reuniu nesta segunda-feira (31) pela terceira vez no gabinete da Secretaria de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia, no 2º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira.

Segundo o secretário da pasta, Silvio Sousa, até agora, o cronograma definido no ano passado está sendo seguido. “Estamos dentro dos prazos avaliando os estudos que já foram apresentados. O cronograma está obedecendo a uma linha de tempo definida no ano passado. O consórcio tinha até dezembro para entregar o projeto funcional, o que foi cumprido em dia. E agora, nós do governo estamos fazendo o dever de casa, que é a avaliação técnica. Temos até meados de abril para encerrar essa parte e, efetivamente, partir para a licitação”, explica.

Apesar de já haver um consórcio formado por empresas como a Transdev – com atuação internacional no ramo de transporte ferroviário, a multinacional Odebrecht Transporte e pelo operador local Rede Metropolitana de Transportes Coletivos – RMTC, será aberta uma licitação para a participação de outras empresas. O consórcio em questão já apresentou projeto básico, que ainda carece de parecer técnico. “Pode ser que a partir da publicação do edital, outros grupos manifestem interesse e vai vencer quem oferecer a menor contraprestação ao Estado e o melhor serviço entregue à população”, declara.

A Avenida Anhanguera, que corta a capital de leste a oeste, tem 14 quilômetros de extensão e 18 estações, entre plataformas e terminais. Atualmente, o Eixão, como é popularmente conhecido, transporta diariamente cerca de 240 mil passageiros. A implantação do VLT será executada por meio de Participação Público Privada. A expectativa é de que o novo meio de transporte se torne uma realidade até o ano de 2014.

No ano passado, o governador Marconi Perillo conheceu em Dublin, na Irlanda, o modelo do metrô leve, que circula a cada cinco minutos no horário de pico e chega a atingir 70 km/h. Mas a média é de 25 km/h, sendo que em Goiânia a média de velocidade não ultrapassa 15 km/h.
O orçamento das obras totais de construção do VLT em Goiânia está estimado em R$1,2 bilhão. O governo federal vai liberar, por meio de recursos do PAC da Mobilidade, R$ 430 milhões para a Prefeitura de Goiânia e Governo de Goiás.

Segundo o secretário, o dinheiro já está assegurado e R$ 215 milhões serão investidos na requalificação, revitalização e implantação do VLT no Eixo Anhanguera. E a prefeitura tem sinalizado que aplicará a outra metade na implantaçao do BRT (Norte-Sul). O corredor terá 26 quilômetros de extensão, sendo 22 dentro dos limites da cidade.

Desta forma, o sistema de transporte coletivo na capital será referência para todo o país. Um mês antes da publicação do edital do VLT serão realizadas audiências públicas, com a ampla discussão pela sociedade, Prefeitura de Goiânia, operadores locais e órgãos de controle. ” A participação e o debate da sociedade são necessários, já que estamos falando de um projeto de requalificação e modernização de uma via de fundamental importância para a cidade de Goiânia”, finaliza.

Do Goiás Agora