Nesta quinta-feira (31), dez ministros de estado entregaram seus cargos para disputar as eleições de 2022. O movimento se deve a Lei Complementar nº 64/1990, que determina que autoridades do Executivo devem deixar o cargo no prazo de até seis meses antes de concorrerem às eleições gerais.

No saldo final do dia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) terá o apoio de aliados em quatro regiões do país, sendo o Norte a única exceção. Dos dez ex-ministros, quatro são candidatos ao Senado, três são a governador, um é candidato à Câmara dos Deputados e um possivelmente será o vice para compor a chapa de reeleição de Bolsonaro. Somente a ex-ministra Damares Alves segue com destino incerto.

Bolsonaro também pode se orgulhar de ter levado cinco dos ministros para o PL. O movimento também se refletiu na Câmara, e o partido agora tem 66 deputados, se tornando a maior bancada na Casa.

Confira para onde vão os ex-ministros:

Anteriormente licenciada para assumir o cargo de ministra, Tereza Cristina deixa o Ministério da Agricultura e reassume o mandato de deputada federal pelo Mato Grosso do Sul. 

João Roma deixa o Ministério da Cidadania para disputar o governo da Bahia. Roma deixou o Republicanos e se filiou ao PL.

Primeiro brasileiro a ir para o espaço, Marcos Pontes deixou o Ministério da Ciência e Tecnologia. Ele também se filiou ao PL no último domingo e irá concorrer a deputado federal por São Paulo. 

Único que não teve o anúncio juntamente com os colegas ministros, Braga Netto teve a exoneração do Ministério da Defesa publicada no final da manhã de quinta-feira. Sem anúncio oficial, tudo indica que Braga Netto será o vice de Bolsonaro.

Outro ministro filiado ao PL, Rogério Marinho deixa o Desenvolvimento Regional e concorrerá a uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Norte. 

Tarcísio de Freitas deixa o Ministério da Infraestrutura com uma missão ambiciosa: ser eleito o governador de São Paulo. Desde 1994, todos os governadores do estado mais populoso do país pertencem ao PSDB.

Damares Alves deixou o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Inicialmente, ela cogitava concorrer ao Senado pelo Amapá, mas enfrenta resistências. Uma candidatura em Sergipe, para Senado ou Câmara dos Deputados, é cogitada.

Filiada ao PL, Flávia Arruda assumiu a Secretária de Governo depois que Bolsonaro precisou ceder ao chamado “centrão”, em 2021. Agora, Flávia reassume o mandato de deputada federal do Distrito Federal e se prepara para concorrer ao Senado pelo DF. 

Onyx Lorenzoni deixa um ministério pela quarta vez, somente nesta gestão. Após passar pela Casa Civil, Cidadania e Secretaria-Geral, Onyx sai agora do Ministério do Trabalho e Previdência para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul.

Gilson Machado sai do ministério do Turismo para concorrer ao Senado em Pernambuco. O ex-ministro saiu do PSC e se filiou ao PL, onde aturará como palanque regional para Bolsonaro no Nordeste. 

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