Em tempos de pandemia, entre a paralisação das competições e do espaço que os clubes de futebol tradicionalmente têm quando estão em atividade, o departamento de marketing precisa de reinventar. Murilo Reis, diretor do setor no Vila Nova, participou de coletiva de imprensa nesta quarta-feira (1º) e detalhou sobre as ações do clube colorado.

Julho é o mês de aniversário do Vila Nova, que no dia 29 completa 77 anos de fundação. Com diversas ações para o período, o dirigente destacou que “inclusive, já tem o lançamento de algo bem interessante para segunda-feira. Teremos algumas novidades muito boas, que enaltecerão a marca do clube e fortalecerão o laço do Vila Nova com o torcedor. Espero que o torcedor e a imprensa abracem essas ações que o Vila precisa tanto das receitas para conseguir sobreviver”.

Desde o início da semana, o Vila Nova promove a pré-venda da sua nova terceira camisa com um valor promocional, de R$ 129,90. Murilo Reis explicou que “dentro desse preço promocional sobra para o Vila um percentual muito pequeno, abaixo de 50%. Mas a pré-venda está um sucesso, batemos 600 camisas vendidas pela manhã e não para. Estamos com uma demanda muito boa e os nossos patrocinadores estão nos procurando, o que está ajudando a bater essa meta, de 2 mil camisas para os primeiros 30 dias”.

A Medida Provisória 984/2020, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro há duas semanas, altera aspectos da Lei Pelé e do Estatuto do Torcedor, mas principalmente do direito de arena para transmissão de jogos de futebol no Brasil. Desde então, os clubes mandantes, desde que já não tenham algum contrato vigente, podem comercializar o televisionamento das partidas sem a concordância do time visitante.

Na visão do dirigente colorado, “para o Vila é excelente e muito bacana que tenha possibilidade de vender os seus jogos aqui em Goiânia, é uma receita que não tínhamos. Mas precisa saber se a CBF aceitará isso, porque hoje paga as despesas de traslados e tudo mais. Quem paga essa despesa, segunda a própria CBF, é a transmissora. Então se a Dazn, por acaso, não quiser pagar, não sei se a CBF bancará do mesmo jeito”.

“Se bancar, ótimo. Se não for bancar, já acho meio temeroso, porque é um custo alto e não sei se conseguimos arrecadar o recurso para essa despesa específica com a venda das transmissões locais. Acredito que consigamos um dinheiro interessante, mas o melhor dos mundos seria se a CBF continuasse arcando com todas essas despesas, assim como faz na Série D, e pudéssemos vender as transmissões dos jogos em Goiânia”, completou.

Sobre o departamento de marketing participar da escolha de um local de treinamento fora de Goiânia, Murilo Reis revelou uma reunião com Wagner Bueno, gerente de futebol, e frisou que “estamos trabalhando para conseguir uma cidade que tenha retorno e acabe não custando para o clube. Claro que o custo de deslocamento é praticamente impossível de ser retirado, mas de não ter o custo de uma locação de campo, por exemplo, já facilita muito”.