Há dez dias, em 24 de fevereiro de 2022, o mundo assistia aos primeiros movimentos da invasão da Ucrânia pela Rússia. Durante a semana, ataque de mísseis, tanques cercando cidades, explosões, destruição de espaços públicos e privados se sucederam. Seja quem vive o confronto de perto ou quem acompanha pelo noticiário, pode estar se perguntando: quando a guerra vai acabar?

As negociações entre os dois países continuam e para analisar esse cenário a Sagres convidou a coordenadora do curso de Relações Internacionais da Uninter e doutora em Ciência Política Caroline Cordeiro, o professor do curso de comércio exterior da Uninter e especialista em administração e gestão de negócios internacionais Cesar Augusto Kluge, o coordenador do Núcleo de Estudos Globais da UFG Diego Trindade e o especialita em Segurança Pública e Presidente do instituto de Criminalística e Ciências policias da América Latina José Ricardo Bandeira.

Ouça “Debate Super Sábado #285: Ucrânia e Rússia: Especialistas analisam cenário de incerteza nas negociações” no Spreaker.

A respeito do inicio do conflito e os 10 dias de guerra entre a Rússia e a Ucrânia o professor José Ricardo Bandeira explica que o interesse da Rússia nessa guerra é para manter a ocupação desse território para que não faça fronteira com os países da Otam.

“Em nenhum momento a Rússia pensa em incorporar a Ucrânia no território da própria Rússia. Ela quer ter um territorio que sirva como amortecedor para que a Otan não faça fronteira com a Rússia. O objetivo do presidente Putin é invadir a Ucrânia, destituir o presidente e colocar lá logicamente um presidente que ele possa controlar” disse José Ricardo.

Houve um conflito em 2014 entre a Rússia e a Ucrânia. Neste mesmo ano o presidente Ucraniano Viktor Yanukovych recusou a assinar um acordo de adesão à União Europeia. Porém, as manifestações pró-Ocidente forçou Yanukovych a fugir, consequentemente um governo interino assumiu. Soldados sem emblemas nacionais ocuparam a Crimeia e implantou bandeiras russas. Segundo a Rússia, os soldados não agiram sob as ordens do Kremlin, mas observadores ocidentais não acreditaram nessa informação. E agora o mundo presencia uma guerra entre Estado, é o que explica Caroline Cordeiro.

“Em 2014 a gente viu bastante notícia sobre o que estava acontecendo na Crimeia. Naquele momento ja indicava um dos possíveis motivos. É difícil a gente entender uma razão para um conflito como esse, mas lá a gente consegue ver, então a gente tem uma dessas alegações que a Rússia faz, pois nessas regiões eles tem pessoas que se identifica muito mais com a Rússia”

Segundo Diego Trindade, o presidente da Rússia Vladimir Putin rompeu os direitos internacionais ao invadir a Ucrânia.

“Você não pode usar violência como instrumento de politica externa, isso foi infração de direito internacional, você precisa resolver suas contraversas diplomatoicamente envolvendo orgãos, inclusives como a ONU e isso não aocnteceu. Alvos civis também foram alvos, foram alvejados e na prática isso constitui uma violação do direito internacional. Então a Rúissia além e disso interveio assuntos domesticos de outro estado e isso é completamente proribido no direito internacional”

Outro ponto destacado no debate é a questão economica devido as sanções estabelecidas, já que diversas empresas de diferentes setores anunciaram medidas contra a Rússia, devido à invasão na Ucrânia.

“A questão da tecnologia, que esta sendo utilizada na guerra e nós acompanhando online, todos os dias, todas as horas, todos os acontecimentos e vendo a reação de empresas particulares, como a Apple, Adidas e outras instituições. É a primeira vez que vemos as empresas particulares maniofestando contra e saindo do mercado” explica Cesar Kluge.

Assista ao Debate Super Sábado dentro do Sagres Sinal Aberto – Edição de Sábado

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