José Elias Domingos Costa Marques e Robinson Almeida, no Super Sábado (Fotos: Jéssica Dias)

O presidencialismo de coalizão foi o tema do Debate Super Sábado (27) desta semana. Uma forma de governar multipartidária, proporcional, no qual o presidente não consegue fazer maioria com seu partido no Congresso. Por esse motivo, é necessário fazer uma coalizão; alianças que apoiem suas políticas e seu governo. O professor do Instituto Federal de Goiás (IFG) e doutor em Ciência Política, José Elias Domingos Costa Marques, analisou a forma como este tipo de presidencialismo está sendo aplicado no Brasil, na gestão de Jair Bolsonaro.

“O sistema brasileiro consegue misturar essa mescla entre dois sistemas de governo. Nós temos, por um lado, um Executivo que é eleito diretamente pelo sufrágio popular, mas por outro lado temos um bloco congressual grande multipartidário, não necessariamente partidos orgânicos, e que essencialmente demandam do Executivo uma negociação constante”, esplana.

Para o professor de Ciência Política na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG), Robinson Almeida, velha política e presidencialismo de coalizão não seguem a mesma linha.

“O presidencialismo de coalizão reforça, induz, coloca a necessidade dessas práticas velhas, então rotuladas assim. Porém, ele não é, em si mesmo, essa política velha. Digamos que a gente tenha uma mudança, uma reforma política profunda, que mude as nossas regras, as nossas instituições e estabeleçam outras forças, um parlamentarismo”, analisa.

Ouça acima, o debate na íntegra